ORAR PELA IGREJA, UMA CAUSA GLORIOSA!

Texto: Ef. 4:14-21
Por esta razão dobro os meus joelhos diante do Pai, de quem toda família no céu e na terra deriva seu nome: a família do Pai; (orando) PARA QUE, segundo as riquezas de sua glória, ele conceda que vocês sejam fortalecidos com poder, por meio de seu Espírito no homem interior, PARA QUE Cristo habite seus corações pela fé, A FIM de que vocês sendo radicados e fundamentados em amor, sejam fortalecidos juntamente com todos os santos, E COMPREEMDAM qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede o conhecimento A FIM que se encham de toda plenitude de Deus. Ora, àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos, conforme o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para sempre e eternamente. Amém.
Aspectos da Epistola aos Efésios:
Foi escrita por Paulo, cerca de 61 a 63 quando estava preso em Roma; ele chama a si mesmo de “o prisioneiro de Cristo”, “prisioneiro no Senhor” e “embaixador em cadeias”. Éfeso era a capital da província romana da Ásia, era a sede do culto a deusa Diana.
Mensagem: O que Deus fez por meio de Jesus Cristo e continua fazendo pelo seu Espírito ainda hoje, a fim de edificar uma nova sociedade – a igreja. Efésios é eclesiologia pura.
“Esta carta trata da igreja e do glorioso propósito de Deus para ela, nela e por intermédio dela”.
“Os grandes temas da fé cristã ornam esta epistola. Os capítulos mais destacados da soteriologia e da eclesiologia podem ser encontrados nessa obra prima do apostolo Paulo”.
Paulo lança as bases da doutrina nos cap. 1-3 e nos três últimos ele aplica a doutrina. Como diz Hernandes Dias, “A teologia é a mãe da ética”.
“Os crentes, na perspectiva de Paulo, pertencem a dois mundos (Fl.3:20). Da perspectiva temporal, pertencem a terra; mas espiritualmente vivem em comunhão com Cristo e, por conseguinte, pertencem a esfera celestial” (Ef.1:3). “Ele está no mundo, mas também está no céu”. Está em Cristo e por isso Ele a contempla como igreja glorificada assentada com Ele nas regiões celestiais; mas, ainda está em Éfeso, na terra e no mundo, por isso Ele está adornando-a como noiva Para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. (Efésios 5:27)
Aspectos da oração de Paulo:
“Essa oração é geralmente considerada a mais sublime, a de mais longo alcance e a mais nobre de todas as orações das epístolas paulinas, e possivelmente, a de toda a Bíblia”.
  •          O aspecto trinitário da oração: “O poder do Espírito Santo”, “O amor de Cristo”, “A plenitude de Deus”;
  •         Paulo ora pela igreja e não por ele. Paulo está preso, cheio de necessidades e passando por várias provações e privações em uma prisão domiciliar em Roma, mas ele não ora por ele, ora pela igreja; 
  •         Paulo tem uma causa. Qual é esta causa? Não é sair da prisão. Não é algo pessoal (3:1): conhecer o mistério revelado, o ministério de Paulo, o crescimento espiritual da igreja; 
  •         Paulo ora com reverência. Os judeus geralmente oram em pé, mas Paulo se põe de joelhos. 
  •         Paulo ora ao Pai de toda família, a igreja militante e a triunfante; 
  •         Paulo ora doutrinando e doutrina orando. ILUSTRAÇÃO (A.W. Tozer);
  •         Paulo faz pedidos específicos. Ver os termos: PARA QUE, E A FIM, E ...; 
  •         “Nessa oração cada petição são com degraus de uma escada, cada uma delas subindo mais, porém solidamente entrelaçadas na que veio antes”. Ou seja, a oração é ascendente, como se ele estivesse escalando em direção ao cume de um monte.
   Quais são os pedidos que Paulo faz?

  1.      Paulo intercede pedindo poder interior (16-17)
 A razão principal da oração de Paulo é que a igreja seja fortalecida com o poder do Espírito Santo.
 “A vida cristã, do início ao fim, é uma vida no Espírito Santo. Seria inconcebível ser cristão e falar em viver e crescer como cristão, sem o ministério gracioso do Espírito de Deus”. (Stott)
Paulo não está orando para o Espírito Santo salvar, pois se tratava de crentes que já tinha recebido o Espírito Santo e tinha o do Dom do Espírito Santo como a evidência da salvação (Rm. 8:9); mas ele ora para que eles tenham poder do Espírito que é a capacitação para a vida.
Quando Jesus estava para ser elevado ao céu, ele ordena aos seus discípulos que não saíssem de Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder. A vida cristã tem muito mais para ser buscado do que só a salvação eterna.
“Segundo as riquezas da sua glória”; Paulo já havia falado que em Cristo há “insondáveis riquezas”, e que este tesouro é porque “Deus é rico em graça e em misericórdia”. Os tesouros espirituais são insondáveis ao nosso conhecimento limitado, mas estão disponíveis para nosso crescimento. Assim, como por esses atributos preciosos divinos eles haviam sido salvos, também deviam se fortalecer dia a pós dia, e é por isso que mais adiante, nesta mesma epístola, ele ordena: “Enchei-vos do Espírito”.
“Para que Cristo habite”. Este ainda não se trata de um novo pedido, mas está interligado com o primeiro em que ele pede poder interior. Habitar aqui significa fazer morada, permanecer, não apenas visitar. Russel Shedd, comentando esse texto diz: “Significa tomar conta de toda a casa, tendo procuração ou autorização completa, de forma a poder fazer limpeza nas despensas se quiser, mudar a mobília como quiser, jogar fora o que quiser. Ele é o dono da casa”. A Bíblia explicada traduz esse texto assim: “Para que Cristo se sinta em casa”. “Isso significa um reinado de Deus completo em nossas vidas, cuja sede é o coração”.“Uma coisa é ter Cristo residente, outra coisa é tê-lo presidente” (Hernandes Dias Lopes)
“Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. (Mateus 6:10)
Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. (2 Coríntios 13:5)
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. (Apocalipse 3:20)

   2.      É uma oração por aprofundamento no amor fraternal (17b)
Paulo prossegue no propósito crescente da sua oração, pede para que os efésios subam outro degrau do seu crescimento, aprofundando em suas vidas a prática do amor.
E não podia ser diferente, pois “sem amor nada seremos”.
Hernandes Dias Lopes, citando John Stott, ao comentar este texto diz: Paulo usa duas metáforas para expressar a profundidade do amor: uma botânica, outra arquitetônica. Ambas enfatizando profundidade em contraste com superficialidade. Devemos estar tão firmes como uma árvore e tão sólidos como um edifício. O amor deve ser o solo em que a vida deve ser plantada; o amor deve ser o fundamento em que a vida deve ser edificada.
Uma árvore precisa ter suas raízes profundas no solo se ela quer encontrar provisão e estabilidade. Assim também é o crente. Precisamos estar enraizado no amor de Cristo.
A parte mais importante num edifício é o seu fundamento. Se ele não cresce para baixo solidamente, ele não pode crescer para cima seguramente. As tempestades da vida provam se nossas raízes e se os fundamentos da nossa vida estão profundos (Mt 7:24-29).
O amor é a principal virtude cristã (1 Co 13). O amor é a evidência do nosso discipulado (Jo 13:34,35). O amor é a condição para realizarmos a obra de Deus (Jo 21:15-17). O amor é o cumprimento da lei. O conhecimento incha, mas o amor edifica (1 Co 8:2).
O amor fortalece a comunhão, a unidade e une as diferenças sociais, étnicas e culturais. Por isso, ele acrescentou: sejam fortalecidos juntamente com todos os santos”.

   3.      É uma oração por compreensão do amor de Cristo (18,19)
A ideia central dessa petição provém de dois termos: compreender e conhecer. A primeira sugere compreensão intelectual, significa literalmente “apanhar mentalmente com firmeza”, agarrar-se a algo com a mente”, “apreender”. Representa apossar-se de alguma coisa, tornando-a sua propriedade; Mas o verbo conhecer refere-se a um conhecimento alcançado pela experiência. Portanto, a súplica implica em que os crentes tenham um conhecimento objetivo do amor de Cristo e uma profunda experiência nele. 
Paulo ora que possamos compreender o amor de Cristo em suas plenas dimensões: qual a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade. A referência às dimensões tem o propósito de falar da imensidão desse amor. A largura, o comprimento, a altura e a profundidade. Não se trata da porção, mas da proporção do amor.
Largura – para abranger a todos sem acepção de pessoas; Comprimento – eternidade do amor de Deus (Jr. 31:3); Profundo – Para alcançar o mais miserável pecador; Altura – Para nos elevar até o céu.
E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento...” (19)
O amor de Deus é singular,
Ninguém jamais pode explicar.
É bem mais vasto que o céu
É mais sublime alem do véu.

Aos nossos pais que transgrediram
Deus prometeu-lhes Jesus.
Que amor sem par eles ouviram,
lindas promessas da Cruz.

Coro:
O amor de Deus tão rico e puro,
Ao homem vil salvou.
E na paz sem fim e bem seguro,
Ao céu de luz eu vou.

Se os mares fossem tintas,
E o céu sem fim fosse papel,
E as aves todas fossem penas
E os homens todos escrivãos
Nem mesmo assim o amor seria
Descrito em seu fulgor
Oh maravilha deslumbrante
Deste eternal Senhor

O deleite do crente, deve ser a meditação diária e contínua do grande amor de Deus por nós. Contemplar o amor de Deus é ir além de um simples conhecimento intelectual, é se maravilhar no grandioso amor, demonstrado na cruz quando éramos seus inimigos, e agora fomos reconciliados com Deus. Esse amor “excede nosso entendimento”, isto é, “ultrapassa o entendimento”. é um mar que nunca acaba, é inesgotável.
“À medida que aplicamos nossas mentes para isto, veremos aumentar o nosso amor por Cristo” (Lloyd-Jones). 
Paulo está para fazer uma ligação entre os capítulos 1-3 com os cap. 4-6, doutrina e pratica, e o motivo que leva a prática cristã é o amor de Deus, por nós.
   4.    Paulo intercede pela plenitude de Deus (19)
Paulo conclui, chegando ao ultimo degrau da oração: A FIM que se encham de toda plenitude de Deus”.
Os efésios, na sua maioria, “gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; ...estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. (Ef. 2:13-14); mas, “Paulo ele quer que eles não fiquem apenas nesse nível, ou nos níveis anteriores, mas que eles subam mais um degrau, cresçam mais espiritualmente. ele quer que eles saibam que existem possibilidade maiores, mais altas, infinitas e não somente isto, quer que eles participem delas”. Ainda temos lugar para crescer mais.
Então ele ora: “A FIM que se encham de toda plenitude de Deus”. Se encham não de um pouco de Deus, se encham não de Deus, mas “A FIM que se encham de toda plenitude de Deus”.
O que significa ser cheio de toda plenitude de Deus? John Stott responde com desta forma: “Plenitude é a capacidade que temos de ficar cheios de Deus até o limite, sem deixarmos de permanecer humanos”.
  •        Não é se tornar ilimitado ou pleno como Deus. Não é atingir o nirvana, como dizem os budistas, não é se tornar um pequeno Deus, como afirma a ciência cristã, de onde veio à confissão positiva, não é panteísmo – tudo é Deus. 
  •        É ser cheio do Deus triuno: do Pai (3:19); do Filho (1:23) e do Espírito Santo (5:18); 
  •            É ser cheio do amor de Deus e de todos os seus atributos comunicáveis, exemplificados no fruto do Espírito (Gl.5:22);
  •       É Cristo habitar e ser o centro das nossas vidas a ponto do caráter dele ser formado em nós (Gl.4:19), “até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” ... (Efésios 4:13-15);
  •       É ser cheio (pleroma) do Espírito Santo (Ef. 5:18);
“Ser cheio do Espírito Santo não significa você ter mais de Deus, mas Deus ter mais de você”.
  •      Ser cheio de toda plenitude de Deus, significa sermos vazios de nós mesmos.

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vive-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas 2:20);


Isso tudo não é uma utopia, oração sem fundamento, que ficará sem resposta. A certeza de que sua oração será ouvida e os resultados virão em forma como resposta à sua oração é que vem na conclusão da oração do apóstolo Paulo...

CONCLUSÃO
“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” A capacidade de Deus de responder às orações é declarada pelo apóstolo de modo dinâmico numa expressão composta com sete etapas, segundo Stott:
Deus é poderoso para fazer – Pois ele não está ocioso, nem inativo nem morto. Deus é poderoso para fazer o que pedimos – Pois escuta a oração e a responde. Deus é poderoso para fazer o que pedimos ou pensamos – Pois lê os nossos pensamentos. Deus é poderoso para fazer tudo quanto pedimos ou pensamos – Porque sabe de tudo e tudo pode realizar. Deus é poderoso para fazer mais do que tudo que pedimos ou pensamos – Pois suas expectativas são mais altas do que as nossas. Deus é poderoso para fazer muito mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos – Porque a sua graça não é dada por medidas racionadas. Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos – Pois é o Deus da superabundância.
Contudo não responde o que queremos receber, mas o que glorifica o seu nome. Pois um crente que está se esforçando para subir estes degraus de crescimento, orará a Deus dizendo: 

DOXOLOGIA
A ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para sempre e eternamente. Amém.
“O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Romanos 11:33-36)

O TESOURO QUE SATISFAZ!

TEXTO: Hb. 11.23-29

INTRODUÇÃO:
Prá chegar neste lugar
Te louvar neste altar,
Não foi tão fácil
Pra chegar onde eu cheguei
Enfrentar o que enfrentei,
Não, não foi fácil
Suportei desilusões
E entre mil perseguições não vi saída
O inferno se ergueu
E tentou até me retirar a vida
Mas no fundo do meu coração
Germinava como um grão a fé no meu Senhor
Quanto mais enfrento provação
Mas me fortaleço em oração e a fé resiste à dor
E ainda que ninguém consiga ver
Quando a comunhão me faz viver
Esperando em Deus
Eu não troco essa esperança
Pelos pratos de lentilhas que o mundo dá
Meu Deus, não vou trocar o teu amor
Por lentilhas que o mundo tem
Ainda que durassem toda vida
Não me fariam bem
Não posso recusar o teu amor
Contigo eu serei sempre vencedor
O que o mundo dá são armadilhas
São apenas lentilhas

ELUCIDAÇÃO:
A galeria dos heróis da fé (cap. 11);
 O que o autor diz a respeito da fé de Moisés:
·    Pela fé, foi ocultado por seus pais (vs. 23);
·    Pela fé, recusou ser chamado filho da filha de Faraó (vs. 24-26);
·    Pela fé, abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a fúria do rei (vs. 27);
·    Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento de sangue (vs. 28);
·    Pela fé, atravessou o mar Vermelho, como por terra seca (vs. 29).
Chegou aquele momento na vida de Moisés em que ele teve de fazer uma escolha na sua vida. Qual o resultado dessa escolha? O que ele levou em conta? Quais atitudes ele tomou?

1.               Adotou sua identidade espiritual (vs. 24)
Quem era Moisés? Qual a identidade dele? Para uns era apenas um bastardo dos hebreus, para outros era o futuro herdeiro do trono de faraó, que tinha todos os privilégios de morar no palácio do maior reino do mundo da época.
Mas, para o próprio Moisés, que era ele? Era um hebreu, descendente de Abraão, herdeiro de uma promessa e fazia parte de um povo chamado de “povo de Deus”.
Vivemos uma época de falta de identidade cristã. Muitos se dizem cristão, mas não dão nenhum testemunho como cristãos.
Como essa identidade pode influenciar em nossas atitudes? A atitude de um filho de Deus sempre será de andar como tal.
“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (I Jo.3:9)
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (I Jo.5:4)

2.               Considerou as recompensas espirituais e futuras superiores às terrenas.
Se a princípio ele reconheceu sua identidade, logo em seguida ele considerou suas prioridades.
Entendeu que perder nesta vida significa abrir mão temporariamente das coisas menores para receber eternamente recompensas maiores. As coisas desta vida são transitórias e temporárias, passageiras.
Moisés experimentou o cainho do discipulado oferecido por Jesus:

“Recusou ser chamado filho da filha de Faraó”..., “Preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus, a usufruir prazeres transitórios do pecado”
– Significa renunciar. Negar-se a si mesmo. Moisés não fez concessões com o pecado.
Para servir a Deus, temos que fazer escolhas e isso muitas vezes significa perdermos algumas coisas momentaneamente boas, aparentemente agradáveis, mas passageiras.
“Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará. Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se, ou prejudicar-se a si mesmo?” (Lucas 9:24-25)
Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo.
(Lucas 14:26)
Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.
(Lucas 14:33)
“Porquanto considerou o opróbrio de Cristo... (vs.26) – Além de negar-se a si mesmo, outra atitude que Moisés teve foi de tomar a sua cruz. O discípulo deve tomar a sua cruz e seguir a Cristo. Isto significa está pronto para morrer por amor a Cristo. Não amar a sua própria vida.

“Segundo a minha ardente expectativa e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte”.
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”.
(Filipenses 1:20-21)

Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo;
sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo,
(Filipenses 3:7-8)

“Pela fé ele abandonou o Egito” – Na linguagem figurativa da Bíblia o Egito simboliza o mundo. Moisés decidiu romper com o Egito de uma vez.
Na vida cristã somos desafiados a romper com os valores mundanos para agradar exclusivamente ao Senhor.
A Palavra de Deus nos diz:
“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.  Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre”.  (1 João 2:15-17)
“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:1-2
CONCLUSÃO

PARA SERVIR A DEUS TEMOS QUE FAZER ESCOLHAS: PERDER E GANHAR. A QUESTÃO É O QUE PERDEMOS E O QUE GANHAMOS?
Perdemos a vida – Ganhamos a vida eterna;
Perdemos amigos – Ganhamos o verdadeiro e melhor amigo, Jesus Cristo;
Perdemos família – Ganhamos o direito de sermos chamados filhos de Deus e fazermos parte da família dos santos;
Perdemos bens – Ganhamos um tesouro no céu, onde nem o ladrão rouba, nem a traça roi, nem a ferrugem consome;
Perdemos o nome na calçada da fama – ganhamos um nome escrito no livro da vida.
Tudo que perdemos é passageiro e ilusório; o que ganhamos é eterno, superior e incomparavelmente melhor.
Assumamos nossa identidade de filhos de Deus. Considere as recompensas espirituais e futuras superiores às terrenas, e trilhe o caminho do discipulado pela fé.

SER AMIGO DE JESUS, UM GRANDE PRIVILÉGIO

João 15: 9-19

Introdução
               Enquanto Jesus viveu aqui na terra como homem, ele teve amigos bem chegados. Entre os discípulos ele escolheu 12 para estar mais próximo Dele. Entre os 12 apóstolos havia três que conviviam mais perto de Jesus, era Pedro, Tiago e João.
Mas, havia ainda outras pessoas com quem Jesus tinha laços de estreita amizade como Lazaro e suas irmãs Marta e Maria, como diz no evangelho de João: “Jesus amava a Marta e a sua irmã e a Lázaro” (Jo.11:5).
               Na sua ultima reunião particular com os apóstolos antes de morrer, ele os chamou de amigos. Ele escolheu um momento bem peculiar para fazer esta declaração: a ceia. Foi em volta de uma mesa, enquanto comiam a última páscoa, que Jesus chamou os apóstolos que estavam com ele de seus amigos.
               A palavra “amigo” significa um “amigo na corte”, descreve o circulo mais intimo ao redor de um rei.
               Hoje, também podemos ser chamados de amigos de Jesus. Que privilégio! Assim como Abraão foi chamado amigo de Deus, somos chamados de amigos de Deus, amigos de Jesus.
               Você é amigo de Jesus? Tem desfrutado de uma amizade pessoal e verdadeira com Cristo?
               Mas, para ser amigo de Jesus é necessário que haja certas condições vivenciadas por nós. Não basta apenas querer ser um amigo de Jesus, mas aceitar as condições para tê-lo como amigo verdadeiro.
Quais as condições para ser amigo de Jesus?

1.       Ser escolhido por ele (v.16)
É o próprio Senhor Jesus quem escolhe seus amigos e não estes a Ele. O texto fala da graça salvadora, da eleição soberana de Deus através de Jesus. Isto significa que só os que salvos podem ser amigos de Jesus.
Por que só os salvos podem ser amigos de Jesus? Por causa do pecado, a humanidade se constituiu inimiga de Deus. Houve separação entre o homem e Deus (Rm.3:23) a partir do pecado a condição do pecador é de separação de Deus. Veja o que a bíblia diz sobre essa condição do pecador que ainda não conheceu o verdadeiro Salvador:
“Estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo”. (Efésios 2:12)
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm.5:1)
“Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”. (Romanos 5:10)
Portanto, para ser amigo de Jesus, primeiro deve haver a reconciliação com Deus. É necessário nascer de novo, beber da água da vida, comer do pão da vida, ter a luz da vida, entrar pela porta estreita da salvação, ser ovelha do Bom Pastor, seguir o caminho estreito da salvação e está na videira verdadeira. Enfim, crer que Jesus é o Filho de Deus, o Messias Cristo, recebendo-o como único e suficiente Salvador dos nossos pecados.

2.      Amar (vs. 12-13)
João foi conhecido como o “apostolo amado” e que mais escreveu sobre o amor. Tanto o amor de Deus ou Jesus por nós, como, também o amor ao próximo.
“Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. (João 13:1)
Assim foi como Jesus nos amou, até o fim. E assim é como ele nos manda amar uns aos outros.
“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. (João 13:34-35)
“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a vida pelos seus amigos” (Jo.15:12-13)
“Quem não ama não é nascido de Deus” (I Jo. 4:7)
“Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama seu irmão” (1 Jo.3:10)
”Aquele que não ama não conhece a Deus, porquê Deus é amor” (1 Jo. 4:8)
“Não devemos ficar satisfeitos com nada que seja inferior a este amor. O crente que não ama está desqualificada para o reino celestial”.
3.       Obedecer aos seus mandamentos (v. 10)
“Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo. 15: 14)
               Os amigos do rei desfrutavam da intimidade com o monarca e conheciam seus segredos, mas também eram seus súditos e deveriam obedecer as suas ordens. Não faziam parte do circulo mais íntimo para se promoverem, mas para servir ao rei.
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. (João 14:21)
“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor” (João 15:10).
Jesus não se agrada quando nossa obediência é apenas servil. Obediência é uma expressão do nosso amor por Jesus. Não tem como desvincular amor e obediência.
“Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados” (1 João 5:2-3)
Ser amigo de Jesus é um grande privilégio, mas também uma enorme responsabilidade. “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me”.
4.       Ser inimigo do mundo (18-19)
O mundo sempre irá odiar quem é amigo de Deus e vice versa. Não há comunhão entre trevas e luz.
“Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia” (João 15:19)
“Adúlteros, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus” (Tg.4:4).
Quando fomos eleitos, fomos tirados do mundo. Lá não é mais nosso lugar. Não amamos mais o mundo, nem o que há no mundo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. 
“Se alguém ama o mundo o amor do Pai não está nele” (I Jo.2:15)
CONCLUSÃO
1.      Como temos vivido diante de tão grande privilégio? Temos amado a Deus, ao próximo e aborrecido as demais coisas por causa de Jesus?
2.      Como está nossa intimidade com Jesus? Como amigos da corte, íntimos do rei, temos desfrutado dessa amizade para crescermos no conhecimento de Deus?
3.      Temos tido uma vida de oração, leitura da Sua Palavra e adoração condizentes com quem goza desse privilégio de ser amigo de Jesus?

A INFLUÊNCIA CRISTÃ NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA



A INFLUÊNCIA CRISTÃ NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA
TEXTO: Mt. 5:13-16
INTRODUÇÃO
O que é pós-modernismo?
Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950, quando, por convenção, se encerra o modernismo. Ele nasce com a arquitetura e a computação nos anos 50. Toma corpo com a arte Pop nos anos 60. Cresce ao entrar pela filosofia, durante os anos 70, como crítica da cultura ocidental. E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência (ciência + tecnologia invadindo o cotidiano com desde alimentos processados até microcomputadores), sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural.

O cenário das grandes transformações no modo de agir e pensar das pessoas até chegar à era pós-moderna tem início no final da Idade Média ou “Era das Trevas”, e o início da Idade Moderna, que abrangem um período que vai do século XIII a meados do Século XIX. O Renascimento, Renascença ou Renascentismo marcaram o período com “transformações em muitas áreas da vida humana,... na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais” (Wikipédia)
Começaria uma evolução positiva por um lado, mas negativa por outro. Como vimos o Renascentismo e no século XVIII o Iluminismo, causaram grandes transformações no mente das pessoas. O mundo deixava de ser predominante religioso, tendo Deus como o centro e passa viver em função das artes, da cultura, da ciência. É a era do cientificismo. O método experimental da ciência deveria ser aplicado também a Bíblia e o que não fosse comprovado cientificamente deveriam ser considerados um mito. O homem ocupa o lugar central. É a era do Humanismo.
Mas, assim como todos os outros sistemas haviam passado, esta era moderna daria lugar ao que nós chamamos de pós-modernismo.
Com o fim das duas grandes guerras mundiais aconteceram muitas mudanças na forma de se pensar sobre os valores da vida e do mundo. Os sonhos ideários do homem morrem soterrados nos escombros das bombas lançadas sobre Hiroxima e Nagasaki.
A era pós-moderna, contrapondo-se, se diferencia da sua antecessora não por um retorno à verdade divina como absoluta, como na Idade Média, mas negando qualquer verdade absoluta. Surge daí o relativismo tão característico do pós-modernismo. Ou aceitando todas as crenças, todas as religiões. É o pluralismo religioso. Na contramão do ocidentalismo surgiu uma procura pela cultura e religião oriental. Hoje o homem pós-moderno é mais zen, pratica Yoga, medicina alternativa, uso de cristais. É um ser místico.   
Outras características desta era são o capitalismo, o consumismo desenfreado, devido à ênfase tecnológica, o materialismo, e o individualismo.

ELUCIDAÇÃO:
O Evangelho segundo Mateus foi escrito pelo discípulo Levi ou Mateus, um ex-cobrador de impostos convertido em seguidor de Cristo.
O tema central abordado por Mateus é o Reino dos céus, ou Reino de Deus. Por isso, ele apresenta Jesus como o Rei dos Judeus, começando desde a genealogia (cap.1), ligando Jesus como descendente do rei Davi.
Os judeus esperam um “messias” político que viesse restaurar o reino de Israel perdido desde os tempos do Império da Babilônia, com Nabucodonosor.
Jesus não se parecia em nada com o tipo de “messias/rei que eles aguardavam.
O objetivo de Mateus neste evangelho é provar que Jesus é o Messias, o Rei dos Judeus, mas que o reino que ele veio implantar não era um reino físico, nem político, e sim, um reino espiritual estabelecido no coração de cada pessoa que crer que Jesus é o Cristo e aceita seu senhorio sobre sua vida.
Do capítulo 5 a 7 encontramos o conhecido Sermão do Monte. Esse conjunto de ensinos feitos por Jesus, sentado sobre o Monte das Oliveiras, é considerado como “um Código de Ética” do seu Reino.
Sendo assim, que fosse seguir a Jesus seria um cidadão do seu novo reino e deveria conduzir-se de acordo com esse código ético.
Um fato que chama a atenção nossa e encaminha para o que vamos falar aqui é que esses ensinos vão de encontro aos padrões vividos e aceitos como normais nas culturas não cristãs. Não apenas a cultura judaica ou pagã da época de Jesus, mas as culturas de todas as épocas e de todos os lugares da terra que se opõem aos padrões divinos.
Desde a queda do homem no Éden que a sociedade anda dividida em duas sociedades. Por um lado, temos os que seguem a serpente (Caim, Os Moradores de Babel, povos pagãos) contrapondo-se aos que temem e seguem a Deus (Abel, Sete, Noé, Abraão, Israel, Igreja).
Por isso ser cristão, um verdadeiro cidadão do reino de Cristo implica em andar na contramão do mundo. Andamos literalmente do lado oposto do sistema maligno que domina este mundo.
Diante disto queremos declarar como proposição da nossa mensagem que:

TEMA: O CRISTÃO DEVE EXERCER SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE EM QUE ESTÁ INSERIDO
Como? O que é preciso?
É preciso...
1.    SER ANTES DE FAZER
“Vós sois o sal”...; “Vós sois a luz”...
A questão do ser deve vir antes do fazer ou do ter. Somos muito preocupados com o que vamos fazer, pois é isto que chama mais atenção. O exterior pode ser visto a distância pelas pessoas em nossa volta, já o interior, só Deus conhece de verdade. Porém, mais importante do que fazer é ser. Quem faz, sem antes ser realmente o que faz, não passa de um hipócrita como os fariseus dos dias de Jesus.
É preciso que haja verdadeiros cristãos para que o mundo receba nossa influência e as pessoas sejam influenciadas por esses valores e não com os do sistema onde elas vivem.
Vivemos numa sociedade onde a maioria se denomina cristã. Mas, onde estão os valores cristãos na vida destas pessoas? Qual o perfil da sociedade atual, conhecida como pós-moderna?
Esta sociedade que estamos inseridos nela é caracterizada por sua falta de valores. Principalmente os valores morais e familiares. A influência da mídia, especialmente a Televisão e a internet, dominada e ocupada por pessoas que não tem nenhum compromisso com os padrões bíblicos, tem ditado as regras de comportamento da maioria das pessoas, inclusive de muitos que se dizem “cristãos”.
A formação do caráter das pessoas, dos nossos dias, não está baseada na Bíblia ou mesmo na tradição e nos costumes passado, mas no modelo “mundo pós-moderno”, onde tudo é relativo e é proibido proibir. Estamos na era do relativismo, do “libera geral”, “pode tudo”, “o importante é ser feliz”.
É preciso termos consciência de que somos cidadãos do “Reino dos Céus”, embora, também sejamos cidadãos desta terra. Nossa identidade e caráter de cristãos e verdadeiros discípulos de Cristo precisam passar pelo crivo da autenticidade. “Sou mesmo um cristão?” (II Co.5:17)
         Antes de Jesus dizer o que seus discípulos deveriam fazer, ele diz o que eles são: “Vós sois o sal...”, “vós sois a luz...”; pouco antes eles ele havia falado sobre as bem-aventuranças, dizendo que são felizes os “vazios de si”, “os que sentem profundamente por seus pecados”, “os limpos de coração”, “os que se rendem a Deus”, “os que buscam a paz”, “os perseguidos”.
Observe! Jesus não enfatizou a questão do fazer, do “faça e seja”, mas do ser, “seja e o que você fizer fará a diferença”. SER É O BASTANTE!

2.      OCUPAR SEU LUGAR – “ONDE”
sal da TERRA...”; “...luz do MUNDO”
Devo exercer diferença onde?
Nosso papel só pode ser exercido onde as pessoas são diferentes de mim e eu sou diferente delas. Se existe uma sociedade da qual eu possuo valores diferentes é lá que eu tenho que exercer meu papel de sal e luz. Isto significa que o lugar para sermos santos não é dentro da igreja e sim no mundo. O sal dentro do saleiro não faz diferença, nem a luz onde já tem iluminação brilhando, mas é onde falta sal e nas trevas que o sal e a luz fazem diferença.
Na oração sacerdotal (João 17) Jesus pede ao Pai, intercedendo por seus discípulos: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou” (João 17:15-16).
Jesus nunca viveu, nem tão pouco ensinou a falsa piedade, o monasticismo ou o afastamento das pessoas que são diferentes de nós. Não participava desse ceticismo religioso que havia na época causado pelos fariseus, nem se enclausurou isolado da sociedade ímpia como os essênios da Comunidade de Qumran às margens do mar Morto. Ele quebrou todos os tabus e paradigmas da época quando comeu na casa de pecadores, conversou publicamente com mulheres, inclusive adulteras, entrou em terras de samaritanos e tocou em pessoas com lepra.
“O maior santo que já pisou nessa terra, foi considerado amigo de publicanos e pecadores” (Pr. Hamilton Medeiros).   
Jesus gostava de está onde tinha gente e nunca fez acepção de pessoas.
“Por que o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc. 19:10)

3.      EXERCENDO O NOSSO PAPEL DE AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO
“Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa.

Jesus recorreu a duas metáforas domésticas, muito comuns e utilizadas naquela época. O sal e luz são figuras que denotam sua influência para o bem no mundo, assim como Jesus queria que os seus discípulos também exercessem sua influência.
O sal (ainda não havia refinarias) tem inúmeras funções, mas as duas mais comuns são: dar sabor e preservar, evitar que as carnes entrem em decomposição.
A luz (pequenas lamparinas de barro) ilumina e dissipa as trevas. Na Bíblia luz indica o verdadeiro conhecimento de Deus (Sl. 36:9; a bondade, a justiça e a veracidade (Ef.5:8,9); deleite, alegria e verdadeira felicidade (Sl.97.11;Is. 9:1-7).
O próprio Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo.8:12). Não temos luz em nós mesmos, mas refletimos a luz de Cristo que brilha através de nós, como Paulo escreveu em Filipenses 2.15: “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo” e em Efésios 5:8-9: “pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade).
A função do sal é negativa: evitar a deterioração. A função da luz é positiva: iluminar as trevas. Portanto, devemos não apenas impedir que o mundo se torne cada vez mais apodrecido, mas temos que promover as mudanças que a luz promove quando retira as trevas de um ambiente escuro.
“Por meio da graça comum, Deus providenciou meios como o Estado com suas leis impedindo que o mundo vire uma anarquia e a família com suas normas de condutas morais. Esses exercem uma influencia sadia sobre a sociedade, mas a medida que a sociedade se deteriora estas instituições são comprometidas e também se corrompem. Por isso, Deus planejou que a mais poderosa coibição de todas dentro da sociedade  fosse seu povo, povo redimido, salvo” (Stott)

Quando as pessoas rejeitam o que sabe sobre Deus ele os abandona às suas noções distorcidas e paixões perversas, até que a sociedade cheire mal as narinas do proprio Deus e todas as pessoas honestas (Cf. Rm. 1:18ss)
Como diz Tasker: “Os discípulos são chamados a ser um purificador moral em um mundo onde os padrões morais são baixos, instáveis ou mesmo inexistentes”.
Reclamamos dos padrões da nossa sociedade. Indignamos-nos com a imoralidade no meio dos nossos jovens; envergonhamos-nos com a pornografia propaga nas novelas; ficamos indignados com a corrupção no meio político; não concordamos com a injustiça social tão cruel que vitima tantas pessoas. O que isto representa? Onde está a influência da igreja na sociedade? Que papel temos exercido como sal e luz neste ambiente de podridão moral e de trevas?
Jesus disse para aquele pequeno grupo de judeus da Galiléia:
“Vocês e tão somente vocês, são o sal da terra e a luz do mundo. E, portanto, vocês não podem falhar para com o mundo ao qual foram chamados a servir. Vocês tem que ser o que são. Vocês são e por isso vocês tem que conservar a sua salinidade e não podem perder o seu sabor cristão. Vocês são luz, e por isso, devem deixar que a sua luz brilhe e não devem escondê-la de modo algum, que seja através de pecado, ou da transigência, pela preguiça ou pelo medo”.

4.      PRODUZINDO RESULTADOS DIANTE DA SOCIEDADE QUE GLORIFIQUEM A DEUS (16)
“Para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.
O resultado do que somos como sal da terra e luz mundo e da nossa influência na sociedade é que as pessoas vão, a princípio nos odiar, nos perseguir e até podem nos matar, mas no fim, Deus é glorificado.
As boas obras abrange tudo que o cristão diz e faz porque é cristão, toda e qualquer manifestação externa e visível da sua fé cristã.
Desse modo louvarão a luz e não a lâmpada que a transmite. Glorificarão a nosso Pai que está nos céus e não aos filhos que ele gerou.
O resultado será: benção para nós mesmos, salvação para os outros e, finalmente glória para Deus.

CONCLUSÃO
Eu e você existimos para a glória de Deus. Que tipo de resultado sua vida, como cristão, está produzindo? O que você é, e o que você faz, tem contribuído para o nome de Cristo ser engrandecido em sua vida e através de você? Somos um motivo para o nome de Deus está sendo glorificado?
Que Deus nos ajude a sermos verdadeiramente sal e luz. Que ele nos livre da omissão. Que venhamos exercer influência de transformação na nossa sociedade e que nossas obras sejam vistas pelos homens para glória do Senhor. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome, da glória!”