SERVIR A DEUS, UM COMPROMISSO PERMANENTE!


Josué 24.15

Introdução:
Estamos chegando ao término de mais um ano e devemos reavaliar como está o nosso compromisso com Deus. Estamos servindo ao Senhor com nossa total e irrestrita obediência? Temos amado ao Senhor como ele nos ordena em sua santa Palavra?
“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo teu coração, de toda tua alma e de toda a tua força.” (Dt. 6. 4-5)
Servir a Deus significa temer, obedecer e adorar ao Senhor. Significa amá-lo, voltar o coração inteiramente para ele e obedecer por vontade própria, não por obrigação.
No capitulo 24 de Josué a palavra “Senhor” é usada vinte e uma vezes e “servir”, quinze vezes. Logo, fica claro que o desejo de Deus ao falar ao seu povo por meio de Josué era que eles renovassem sua aliança com Ele e se comprometessem a servi-lo depois da morte de Josué, seu líder.
Josué filho de Num começou sua vida na escravidão do Egito e terminou com um culto de adoração na terra prometida. Entre uma coisa e outra, Deus o usou para liderar Israel, derrotar seus inimigos, conquistar a terra e tomar posse da herança prometida. Assim, como Paulo, Josué poderia dizer com sinceridade:
“Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé” (II Tm. 4.7)
Porém, no fim de uma vida longa e plena não queria partir sem tê-los desafiado mais uma vez a amar ao Senhor e a guardar os seus mandamentos. Primeiro ele convocou uma reunião com os lideres de Israel (23) e em seguida reuniu todas as tribos de Israel (24) e fez seu discurso de despedida, recapitulando a historia de Israel, começando com Abraão, desafiando o povo a manar ao Senhor e servir somente a Ele.
Nestes dois discursos Josué enfatizou três coisas importantes:
1ª) OS PERIGOS PARA ISRAEL NO FUTURO (23.1-16)
O grande perigo era o povo de Israel mudar gradualmente sua atitude em relação às nações pagãs ao seu redor e começar a aceitar e imitar seus modos.
Josué deu três motivos para o povo neutralizar este perigo:
  1. Josué fez o povo lembrar de tudo que o Senhor fez por Israel (3-4)
  2. Josué relembra ao povo o que o Senhor havia falado por meio da Palavra (5-10)
  3. O que o Senhor faria com Israel, caso eles deixassem de servir somente a Ele (11-16)
2ª) AS BENÇÃOS DE ISRAEL NO PASSADO (24.1-13)
Quais bênçãos foram essas?
  1. Deus escolheu a Israel (1-4)
  2. Deus libertou a Israel quando eles estavam escravos no Egito (5-7)
  3. Deus conduziu a Israel no deserto (8-10)
  4. Deus lhes deu a terra prometida (11-13)
3ª) AS RESPONSABILIDADES DE ISRAEL NO PRESNETE (24.14-33)
  1. Israel teria que tomar uma decisão (14-18)
  2. Israel deveria ter devoção a Deus (19-28)
APLICAÇÕES:
  1. Precisamos reconhecer o nosso passado como um passado de servidão ao pecado.
“Um coração grato é uma forte defesa contra os ataques de Satanás.”
O Egito representa para nós os anos de pecado vividos antes de conhecermos a Palavra de Deus e termos sido libertos por Cristo Jesus. As nações visinhas de Israel representam o mundo e todos os nossos inimigos que guerreiam contra nós para nos seduzir e nos afastar de Deus. Não podemos querer voltar ao passado nem nos envolver com o mundo que nos rodeia para não comprometer nossa comunhão com Deus.
“Há muitos cristãos que não apenas fazem concessões ao inimigo, como também se rendem a ele, e para os quais o Senhor não ocupa o primeiro lugar”.
  1. O conhecimento e a obediência da Palavra de Deus é o segredo do sucesso do cristão (Js.1. 7,8 e 23.6)
“Não basta somente conhecer a Palavra de Deus. Devemos também conhecer o Deus da Palavra e crescermos em nossa comunhão com ele”.
  1. É preciso coragem para enfrentar a pressão da maioria ao nosso redor (23.7; 24.15; Rm.12.1-2; I Jo.2.15-17)
  1. Se amarmos ao Senhor teremos o desejo de lhe obedecer e agradar (23.11)
“Deus não permitirá que os seus filhos pequem com sucesso” (Spurgeon)
  1. Meditar na bondade do Senhor serve de motivação para obediência
“Não foi a maldade do filho pródigo, mas, sim a bondade do pai que o levou de volta ao lar”.
  1. O povo de Deus hoje precisa dar ouvido a três admoestações: guarde a Palavra de Deus; apegue-se ao Senhor; e ame ao Senhor.
Nota.
Esboço extraído do Comentário de Wiersbe

O MINISTRO IDEAL


William Macleod
O que os cristãos devem buscar quando chamam um homem para ser ministro deles? O que eles devem pedir em oração para que Deus faça com seus ministros? O que os ministros e os estudantes de teologia devem se esmerar para serem?
· Orientar a Igreja na sua diversidade ministerial.
· Orientar a igreja no ministério de intercessão.
· Orientar os ministros o que devem buscar.
I - UM HOMEM SANTO
O mais essencial, evidentemente, é que o ministro seja nascido de novo. Nem todos os ministros o são. Alguns como Alexander Henderson e Thomas Chalmers começaram seus ministérios na condição de não-convertidos e posteriormente foram salvos e tiveram seus ministérios transformados. Muitos hoje demonstram, por suas falhas na pregação do Evangelho, que nunca tiveram seus próprios corações tocados. Regeneração é o primeiro passo para a santidade. O Espírito entra na vida do indivíduo operando fé e arrependimento, iniciando o processo de santificação. O que é santidade? Em termos simples, é a obediência à vontade revelada de Deus em sua totalidade. Isto significa amar a Deus de todo o coração e pô-lo em primeiro lugar em nossas vidas, negando-nos a nós mesmos e centrando nossa atenção nas coisas do alto. Isto envolve temer a Deus, buscar conhecê-lo mais e mais, andar com ele e se deleitar nele antes de tudo. O ministro santo se esforça em busca da pureza, honestidade, resignação e moderação em todas as coisas. [William Murray] McCheyne teria dito que um ministro santo é uma arma afiada nas mãos de Deus.
II - UM HOMEM HUMILDE
Deus é um Deus zeloso. A salvação é obra dele. Sem ele não podemos fazer nada. Ele se ofende e aborrece com os ministros que tentam desviar alguma glória para si pelo sucesso de seus ministérios. Falamos daquilo que acontece em nossa igreja, aquilo que conseguimos alcançar — o crescimento, as conversões. Falamos como se isto fosse ao menos em parte mérito nosso — por nosso trabalho duro, nossa bela pregação, nossa habilidade comunicativa, nossa capacidade pastoral, nosso evangelismo ou mesmo nossa santidade e orações. Acredito que esta seja a principal razão por que vemos tão poucos frutos em nossas igrejas hoje.
III - UM HOMEM FIEL
Pensando nas dificuldades do ministério, Paulo perguntou certa vez: “Quem é suficiente para estas coisas?” (2Co. 2:16). Por todos os lados nos deparamos com hostilidade ou com algo que é muito pior, apatia. As pessoas simplesmente não estão interessadas em nossa mensagem. Eles não sentem nenhuma necessidade de Cristo. Eles estão contentes com seus bens e prazeres e não têm qualquer temor a Deus. Pregamos a ossos. Não temos nenhum poder para levantar um morto. Temos como opositor um poderoso inimigo, Satanás, que às vezes é como um temível dragão ou leão rugidor, e em outras aparece como um anjo de luz. O ministro ideal deve olhar para o alto, ver o trono e pôr sua fé naquele que diz: “Todo poder me foi dado tanto no céu como na terra” (Mt. 28:18). Nós devemos crer que esse Deus é capaz e pode.
IV - UM HOMEM AMOROSO
O ministro ideal precisa ter um grande coração. Deve amar sua congregação, o rebanho de Deus entregue a seu cuidado, mas também todos os pobres pecadores perdidos que estão à volta. Jesus chorou por Jerusalém quando pensou nos privilégios e no juízo que recairia sobre ela. Paulo disse: “eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (Rm 9:3). Cuidado com o profissionalismo. Torne-se emocionalmente envolvido com o seu povo, chorando com aqueles que choram e se alegrando com aqueles que se alegram. Ofenda-os se for necessário, mas com lágrimas. Além disso, os nossos corações devem ficam pequenos quando vemos nossos vizinhos e compatriotas descendo loucamente a ladeira que conduz ao inferno.
V - UM HOMEM DE ORAÇÃO
Jeremias, ministro do Antigo Testamento, é um grande homem de oração, constantemente falando com Deus, contando a Ele suas tristezas, suas mágoas, seus pesares e suas alegrias. Paulo afirma a várias igrejas que está orando sem cessar. Cristo nos encoraja: “Pedi, e dar-se-vos-á” (Mt. 7:7). Você dá boas dádivas a seus filhos; quanto mais Deus dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem (Lc. 11:13). A presença do Espírito nos torna poderosos e eficientes, porém sua ausência nos deixa fracos. Há muitas coisas pequenas pelas quais é correto orar, mas devemos, de uma forma especial, lutar corpo-a-corpo por reavivamento. Lembre-se de John Welsh, que gastava até oito horas por dia orando: “Deus, dá-me a Escócia”. O ministro ideal é um homem de oração.
VI - UM HOMEM ESTUDIOSO
Paulo disse a Timóteo: “Procura apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2:15). Antes havia dito: “Até a minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino” (1Tm 4:13). Alimente sua própria alma e então você estará apto para alimentar outras. Dedique-se aos melhores livros. Atualmente, há uma grande quantidade de joio à nossa volta. Estude os clássicos — Calvino, o puritano [Jonathan] Edwards, Spurgeon, os homens de Princeton, os antigos homens da Igreja Livre e outros como estes. Leia e medite constantemente nas Escrituras. O ministro que negligencia o estudo não manterá renovada sua pregação.
VII - UM HOMEM ZELOSO
O ministro ideal é impetuoso e sangue quente; porque ama a verdade e lutará sinceramente por ela. Ele deve distinguir entre verdades primárias e secundárias, mas morrerá pelos fundamentos da fé. Tendo preparado cuidadosamente seu sermão, buscará se certificar de que ele está recheado de pontos importantes. Se o sermão é uma pregação digna, ele é dignamente pregado de todo o coração. Você sabe disso. Você supera sua timidez natural e olha a congregação nos olhos e pleiteia deles uma resposta. De Cristo se ouve: “O zelo de tua casa me consumiu” (Jo 2:17). O ministro ideal prega com o coração exposto. Semelhantemente, no trabalho pastoral, não há espaço para trivialidades.
VIII - UM HOMEM QUE EVANGELIZA
A fé vem pelo ouvir, mas “como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10:14-15). Uma parte da grande obra do ministro é trazer a alegre mensagem das boas novas. As pessoas não serão convertidas a menos que ouçam o Evangelho. Isto coloca uma responsabilidade terrível sobre o ministro. É provável que sejam poucos não-convertidos dentro das nossas igrejas, mas devemos pregar evangelisticamente. Contudo, não devemos confinar nosso evangelismo ao templo. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). O ministro ideal sai a toda humanidade em nome de Deus como embaixador dEle, clamando por arrependimento e oferecendo livremente Cristo aos pecadores.
IX - UM HOMEM PERSISTENTE
A obra do ministério é árdua. Nenhuma tarefa é mais exigente. É uma vida — 24 horas por dia, sete dias por semana, as 52 do ano. Em certo sentido, não há feriados e nem aposentadoria. As pessoas lhe machucarão, mas você não deve voltar atrás. O mundo dirá: renuncie! Satanás dirá: renuncie! E a carne dirá: renuncie! Mas o ministro atreve-se a dizer: não! Outros podem renunciar e ir embora mas ele não pode. Deve permanecer onde está até Deus dizer que deve sair. Essa é uma grande obra. Nenhum serviço na terra tem mais importância. Algo que durará eternamente está sendo edificado. Embora às vezes chorando e com o coração ferido, o ministro ideal levanta seus joelhos, enfaixa suas feridas, limpa suas lágrimas, encoraja-se no Senhor e segue avante.
X - UM HOMEM UNGIDO
Acima de tudo, o ministro ideal é um homem ungido. Sem o Espírito tudo é em vão. O ministro ideal deve falar no Espírito; orar no Espírito; pastorear, evangelizar e pregar no Espírito. Deve ser otimista buscando o Espírito para que Ele faça aquilo que o ministro não consegue. Deve ansiar por reavivamento. A situação mais negra pode ser transformada — de fato, é freqüentemente mais escuro antes da alvorada. Vivemos dias de grande necessidade espiritual. Os cristãos são mundanos e os pecadores estão endurecidos. Mas as mãos do Senhor não estão encolhidas, que não possa salvar. Oh, quem dera homens ungidos com o Espírito Santo de Deus!
CONCLUSÃO
Vamos pedir a Deus que nos ajude a compreender qual a área da nossa vida onde perdemos a paixão e o zelo.
Vamos caminhar rumo a glória de Deus em humildade suplicando, faz-me um ministro ideal, fundamentado totalmente na Sua graça.