REVERÊNCIA NA IGREJA



Um certo pastor contou que em sua igreja as pessoas iam muito ao banheiro ou ao bebedouro durante o culto. Os diáconos observaram que em menos de duas horas de culto, algumas pessoas se levantaram mais de uma vez e saíram do templo, deixando assim, de ouvir a Palavra de Deus.
Será que em casa essas pessoas sentem sede ou vontade de ir ao banheiro como sentem quando estão no culto? Quando estão assistindo o último capítulo da novela, elas vão ao banheiro justamente no momento mais importante da cena?
Dentro do templo, enquanto o culto está sendo oferecido a Deus, muitos ainda ficam conversando, outros ficam mexendo em celular demonstrando uma atitude de total desrespeito a pessoa de DEUS.
O que é reverência? Reverenciar. “Com o sentido temer e de prostrar-se”. “Tributo de adoração a Deus ou a uma outra coisa sagrada”.
Para que haja essa reverência precisamos ter as seguintes atitudes:
1. CONSCIÊNCIA DA GRANDEZA DE DEUS.
Veja o que a Bíblia diz: “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2.20)
Quando estamos no templo, cultuando a Deus, precisamos ter a consciência que não estamos ali para brincadeira, ou fazendo qualquer coisa; não estamos diante de qualquer pessoa, mas que estamos diante do DEUS TODO PODEROSO, o SENHOR, que é SANTO, SANTO, SANTO e merece ser adorado em Espírito e em Verdade.
Se respeitamos um juiz ou um promotor quando entramos num tribunal, porque não temos maior respeito por Deus? Será que Ele se agrada quando não damos a devida atenção a Sua Palavra?
Em algum momento você estava conversando com alguém e ele te deixou falando sozinho para as paredes? Como você se sentiu? Acredito que muito mal, sentiu-se desvalorizado, não foi?
Quando estamos no culto e saímos de fininho, principalmente na hora da mensagem da Palavra de Deus, é como que estamos dando as costas para Deus, faltando com respeito por ele.
Afinal, será que temos realmente consciência da presença de Deus? Se cremos que Deus está presente no momento que o estamos adorando, não deveríamos ter mais reverência diante dele?
2. NADA É MAIS IMPORTANTE DO QUE ESTAR NA PRESENÇA DE DEUS.
Outra razão por que muitos deixam de cultuar a Deus, além da que já foi citada, é que não dão o devido valor ao momento do culto. Quantas horas temos no dia? E quanto tempo tiramos para adorar a Deus? Se considerarmos o tempo normal do culto passamos aproximadamente 1h30 (Uma hora e trinta minutos). Será que é demais? É muito tempo gasto diante da presença de Deus?
Passamos mais tempo diante da TV, internet, no futebol, com os amigos, ou com Deus? Qual desses é mais importante para nós? Veja o que a Bíblia nos diz:
“A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo” (Salmos 84:1)
“Porque um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar a porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da iniqüidade” (Salmos 84: 10)
“Quanto amo a Tua Lei! É a minha meditação, todo o dia!” (Salmos 119:97)
Quando você estiver na casa de Deus, adorando a esse Deus grandioso, santo e todo poderoso, saiba que nada é mais importante do que isso e não queira sair da presença dEle para simplesmente ir conversar com seus amigos lá fora.
3. É UM GRANDE PRIVILÊGIA PODER ADORAR A DEUS.
Não sei se você já parou para pensar no privilégio que temos, como servos de Deus, de poder entrar na sua presença e adorá-lo. Você já pensou nisso? Quantos tem acesso direto à sala da Presidenta Dilma? Se você fosse até Brasília somente para falar com a Presidenta, seria fácil conseguir uma audiência com ela? Mas, se ela aceitasse receber, como você se sentiria? Quantas pessoas gostariam de falar com ela, e você conseguiu sem nenhuma dificuldade. Que privilégio!!!
Quando adoramos a Deus ele nos recebe na sala do trono; temos livre e irrestrito acesso à sua presença. A Bíblia diz: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça”... (Hebreus 4:16 a)
Muitos acham cansativo e monótono ou até uma perca de tempo ir a um templo cultuar. Infelizmente quem pensa assim não conhece verdadeiramente a Deus e ainda não compreendeu quão grande é o privilégio de poder ficar face a face com o Senhor. Mesmo ele sendo Deus e nós miseráveis pecadores, mas por causa do sangue de Jesus, que é nosso mediador, podemos entrar e adorar diante da sua presença. Que privilégio! Esse, sim, é o maior de todos os privilégios.
4. SATANAZ QUE ROUBAR NOSSA ATENÇÃO E ADORAÇÃO.
Desde muito tempo a traz que o nosso maior inimigo, o Diabo, tem pelejado para roubar a glória que é para ser dada somente a Deus. Por isso, ele faz de tudo para desviar nossa atenção no momento que estamos cultuando. Muitas vezes ele nos tenta com o desejo de sairmos, justo nos momentos mais importantes do culto; outras vezes ele usa alguém, ao nosso lado, para conversar conosco e nos distrair.
O Diabo sabe que quando uma pessoa está na presença de Deus ela está sendo fortalecida espiritualmente e, assim, ele vai ter menos controle sobre essa vida. É claro que ele não vai querer que ela receba a benção de Deus, que ela conheça mais a Deus, que essa pessoa, talvez, no futuro venha a ser um líder, um ganhador de almas, ou mesmo um pastor. Ele manda os seus “demônios do templo” para roubar nossa atenção, desviar nossa adoração e impedir que haja plena reverência na hora do culto.
Não deixe nada nem ninguém roubar a adoração que você vai oferecer ao Senhor.
5. FALTA DE RESPEITO POR DEUS E PELOS OUTROS
Por ultimo, quando não temos reverência na casa de Deus nós estamos demonstrando falta de respeito não apenas por Deus, mas também pelas outras pessoas que estão presente.
Falta respeito pelo pastor ou qualquer outra pessoa que está na frente do trabalho; Falta respeito com os outros irmãos que querem adorar sem serem atrapalhados; e falta respeito com os visitantes que estão presentes. Os visitantes dão mais exemplo aos crentes do que os crentes aos visitantes. Quando damos as costas e saímos é como se estivéssemos dizendo que aquilo não é importante, que não precisamos ouvir aquilo etc.
Além de ser um grande pecado não respeitarmos a Deus e sua presença, é uma tremenda falta de educação.
Por isso temos algumas exortações da Palavra de Deus sobre a falta de reverência na igreja:
1. Para quem gosta de levantar e andar na hora do culto:
“Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolo, pois não sabem que fazem mal” (Eclesiastes 5:1)
2. Para quem gosta de conversar ou falar no celular na hora do culto:
“O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2.20)
Reverência ao Senhor!!!!!

ONDE DEUS ESTÁ QUANDO AS TRAGÉDIAS ACONTECEM?


Jó 1
Onde estava Deus no dia 07 de abril deste ano (2011)? Onde estava Deus no momento da tragédia de Realengo quando o atirador Wellington Menezes de Oliveira atirou contra vários alunos de uma Escola Pública daquele bairro matando 12 crianças e deixando outras feridas?
Arnaldo Jabor, comentarista do jornal da Globo, disse que no crime cometido por Wellington Menezes de Oliveira, “Deus estava ausente.”
Diante de tragédias como assassinatos, de tsunamis, terremotos e maremotos, surge sempre a pergunta na mente até mesmo dos mais crentes em Deus?
_ Se Deus é soberano por que ele permite tamanhas atrocidades acontecerem?
“As tragédias são uma realidade inevitável na história humana. Há aquelas que são naturais, há as que são sobrenaturais, e as que são provocadas pela maldade humana. Porém, em ambas as situações, sempre surge a pergunta: Porque Deus permite?”
Algumas verdades que precisam ser observadas diante das tragédias:
1. As tragédias são consequências do pecado da humanidade.
Quando nos referimos a “consequências do pecado” não estamos nos referindo apenas ao pecado daquelas pessoas que foram vítimas da tragédia, mas do pecado que afetou toda raça humana, o pecado original cometido por Adão e Eva.
Como diz Hernandes Dias Lopes: “O pecado entrou no mundo e atingiu não apenas o homem, mas também a natureza. Em vez de cuidar da natureza, o homem passou a depredá-la. Em vez de ser mordomo da criação, o homem tornou-se seu algoz”.
Por essa razão o profeta pergunta: “De que se queixa o homem? Queixe-se dos seus próprios pecados”!
A maldade do coração do homem não foi colocada lá dentro por Deus, mas, quando Adão e Eva pecaram eles deram lugar para que o mal entrasse e denegrisse a bondade que Deus havia colocado em seus corações. Suscetível ao mal, vemos a primeira tragédia acontecer logo no início da criação. Caim matou Abel. Creio que se Adão tivesse perguntado a Deus: “Deus onde tu estavas que não guardaste meu filho?” Deus teria respondido: “Adão, o salário do pecado é a morte.” Eu disse que se vocês comessem do fruto do conhecimento do bem e do mal, a morte viria. Mais adiante Deus viu que a maldade era tão grande no coração humano que Ele próprio mandou uma tragédia sobrenatural – o Dilúvio, e destruiu toda raça humana, salvando somente Noé e sua família.
Infelizmente as consequências do pecado podem fazer vítimas como as crianças da escola de Realengo. Até o Senhor Jesus, quando se fez homem e levou os nossos pecados foi experimentou o sofrimento. Ele mesmo disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu vendi o mundo” (João 16:33)
2. Deus está presente mesmo que isso não seja percebido e aceito por nós.
“Os acontecimentos no mundo nunca estão fora do controle de Deus. Ele tem todo poder para dirigir os acontecimentos no universo”.
As Escrituras nos ensinam que Deus é soberano e que tem o controle de todas as coisas em suas mãos. O mundo não está à deriva como uma carruagem desgovernada. Deus tem as rédeas da historia em suas mãos. “Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Altíssimo Deus. A Ele pertence todo poder e toda autoridade para fazer o que lhe agrade em cima nos céus e em baixo na terra. O mundo e tudo que nele há é o Seu mundo e que toda criatura existente neste mundo está debaixo de domínio e poder.”
Deus não é pego de surpresa como afirmam os defensores da teologia relacional. Pois de acordo com essa nova teologia, conhecida também como teísmo aberto, “nem mesmo Deus tem o controle desses fenômenos, ele é tão surpreendido como nós quando essas tragédias desabam sobre nós”.
Mas, o Deus da Bíblia é o Onipresente, Onisciente e Onipotente. Ninguém pode impedir o seu agir, nem perguntar o que ele fez. Mesmo quando ocorrem tragédias, vidas inocentes são tiradas ou mutiladas, Deus permanece no controle. Nada acontece sem sua permissão ou determinação. “Não cai uma folha sem a sua permissão”, “ele sabe quantos fios de cabelo existe em cada cabeça”, “conhece todas as estrelas e as chama pelo seu nome”, “sabe todos os nossos dias, antes mesmos de nascermos”, viu os nossos ossos quando eles ainda não haviam sido formados”.
Ele está presente e está no controle de todas as coisas boas e ruins que acontecem no mundo, mesmo que isso, aos nossos olhos não seja perceptível ou compreensível.
Certa vez uma mãe desesperada porque havia perdido o filho perguntou ao pastor: “Onde estava Deus na hora que meu filho morreu?” O Pastor respondeu: “No mesmo lugar onde o seu Único Filho estava quando morreu por nós” Ele não poupou o seu próprio Filho do sofrimento.
“Ele não nos livra da tempestade, ele nos livra na tempestade”.
3. Deus tem propósitos naquilo que ele faz ou permite acontecer.
“Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito”. Esta é uma verdade que está entrelaçada com as tragédias da vida. Deus tem propósitos para nossas vidas como seus eleitos e para a vida do mundo que ainda não o conhece e mesmo daqueles que nunca irão conhecer.
Do nosso ponto de vista, da nossa perspectiva parece não haver sentido algum quando as coisas acontecem e o mundo vira um caos. Nós não sabemos o porquê nem para quê, mas Deus sabe. Ele tem um propósito especifico.
3.1. Deus usa as tragédias da vida para nos ensinar lições importantes. O sofrimento, às vezes é pedagógico. Se soubermos tirar lições diante das tragédias elas não serão vistas como algo sem propósito. Quando Jó chegou ao final de suas tragédias, ele disse: “Antes eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem”.
3.2. Deus usa as tragédias da vida para despertar o mundo distante dele. Elas servem de alerta de Deus para nós. Como disse C.S.Lewis: “a dor é o megafone de Deus para despertar uma geração adormecida.”
São um alerta de Deus e um chamado para o arrependimento. Como diz Hernandes Dias Lopes, “Quando as trombetas de Deus tocam, seus efeitos se fazem sentir na terra, nos mares, nos rios, nos astros e sobre os homens”. “Precisamos aprender a ler as placas de Deus”.
“Deus tem seus caminhos na tormenta”.
Quando não entendemos ou não aceitamos os propósitos divinos nossa atitude é questionar a Deus. Jó e seus amigos fizeram inúmeras perguntas a Deus.
“Jó, na sua angústia levou aos céus 16 vezes a pergunta: POR QUE.
a)Por que estou sofrendo
b)Por que perdi meus filhos
c)Por que Deus não responde minhas orações
d)Por que perdi meus bens
e)Por que meu casamento acabou
f)Por que meus amigos me acusam
g)Por que Deus não me mata
Jó estava cheio de queixas. Ele levantou 34 queixas contra Deus.
Deus não respondeu as perguntas, mas fez cerca de setenta perguntas a Jó:
Onde estavas tu quando eu lançava os fundamentos da terra
Onde estavas tu quando eu espalhava as estrelas no firmamento.
Onde estavas tu quando eu punha limite nas águas do mar.
Deus mostrou para Jó sua soberania.
Quando não pudermos entender o que Deus está fazendo: podemos saber que ele está no controle e é nosso Pai”. (Hernandes Dias Lopes)
“Se não é possível entender os seus propósitos, podemos, no entanto, ser confortados com a certeza bíblica de que Deus tem um propósito”, e como disse Jó, também, podemos afirmar: “bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos podem ser impedidos.”
4. Devemos ter esperança em meio às tragédias da vida
Tem um dito popular que diz que “a esperança é última que morre”, mas para o crente ela jamais morre. “O Justo mesmo morrendo tem esperança” (Pv. 14:32). “As veredas do justo são como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.
Em meio às tragédias enfrentadas por Jó ele, mesmo quase sem esperança, ainda foi esperançoso. Ele disse: “Quem me dera agora, que minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que se gravassem num livro! E que, com pena, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha! Porque eu sei que o meu redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus”.
Não poderíamos nem imaginar o que seria enfrentar as tragédias sem termos esta esperança. Esperança de que ainda que passemos pelo vale da sobra da morte ele sempre estará conosco nos consolando. A esperança de que nossa morada não é aqui, e que as aflições deste tempo presente não se comparam com a glória que há de ser revelada. Esperança de que ainda que este tabernáculo mortal se desfaça temos uma morada eterna nos céus.
O apostolo João estava vivenciando momentos de tragédias. Mas, a visão que ele recebeu foi consoladora para ele e ainda o é para nós. Ele disse que ouviu uma grande voz do céu, que dizia: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará dos seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”
Precisamos olhar para as tragédias da vida com os olhos da fé. Não devemos fazer especulações sobre o porque das tragédias, antes devemos reconhecer que como seres humanos estamos sujeitos as mesmas paixões e as mesmas consequências que toda humanidade sofre por causa do pecado. Mas, entender que Deus não está ausente nestas horas. Ele é soberano e está no controle. E se ele está no controle ele tem um propósito em tudo que acontece. Devemos, portanto ser confortados e ter esperança em saber que todas as coisas cooperam para o nosso bem.
“Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e raspou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou, e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor”.

O ESPETÁCULO DA CRUZ




Texto: Lc. 25:48
Introdução:
Todos os anos, em quase todas as cidades, ou até em igrejas, promovem-se encenações sobre a Paixão de Cristo. Mas, podemos citar como referência nacional, o maior teatro ao vivo do mundo, na cidade de Nova Jerusalém, onde todos os anos, no período da semana santa, é apresentado um espetáculo, com atores famosos sobre a morte de Jesus.
A palavra “espetáculo” parece ser imprópria quando se refere a morte de Jesus, mas foi exatamente esta palavra que Lucas usou para descrever aquele momento.
Para compreendermos melhor por quê Lucas usou esta expressão, vamos observar o contexto deste evangelho.
Elucidação:
O evangelista Lucas, ao descrever a crucificação de Jesus, ele nos dá um detalhe, no versículo 48, que não vamos encontrar, nos outros evangelhos. Ele usa a expressão: “Espetáculo da Cruz”!
Lucas escreveu seu evangelho para os gregos, e nós sabemos que foram os gregos quem mais se destacou nas artes cênicas, no teatro, na oratória, na retórica, filosofia etc. Lucas estava contextualizando sua mensagem à cultura dos gregos.
Ele traz as nossas mentes um palco, onde acontece um espetáculo, que por gerações e mais gerações seriam reapresentado, encenado, fosse desde uma simples peça de escola ou de igreja, a filmes holiodianos, este espetáculo descrito por Lucas, é o maior e mais sublime espetáculo já realizado na história.
Diante disto, podemos afirmar,
Tema: A Cruz de Cristo: Palco das maiores encenações da história:
I – Palco das maiores encenações de amor:
“Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”(Jo. 3:16)
João descreve o fato de Deus ter enviado seu único filho como um ato de amor. Mas, não um amor de um romance, ou de uma novela, mas um amor sem limites, tão intenso que ele não encontra palavras para descrevê-lo, então ele diz “de tal maneira”.
Verdadeiramente não há palavras para descrever este amor transmitido naquele espetáculo. Há um hino que diz: “se os mares todos fossem tintas e o céu azul fosse papel, se arvores todas fossem penas não seria possível descrever este amor.”
O próprio Deus afirma em Jeremias 31:3 “com amor eterno te amei com as cordas da minha benignidade te atrai”. Paulo escreve ao Romanos dizendo: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós sendo nós ainda pecadores”
Para quem não conhece esta história, falar da maior encenação de amor seria citar obras famosas como, por exemplo Romeu e Julieta, de SHAKESPEARE. De fato, esta é uma grande obra, aprovada pela critica cinematográfica e também pelo público, mas ela é ínfima diante da maior historia de amor demonstrada na cruz.
Já disse alguém: se estamos procurando uma definição de amor, não devemos ir ao dicionário, mas ao calvário”.
Foi uma morte voluntária.
Ninguém o obrigou, ele mesmo se entregou para morrer por mim e por você. Ele disse: “eu sou o bom pastor, o bom pastor dar a sua vida pelas ovelhas... Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai.” (Jo.10:11 e 18).
Jonh Sttot, faz uma citação no seu livro a Cruz de Cristo, perguntando: “Quem entregou Jesus para morrer? Não foi Judas por dinheiro; não foi Pilatos por temor; não foram os judeus por inveja, mas o pai por amor”
Uma história de amor diferente.
Cristo expressou seu grande amor não apenas com palavras, mas com suas atitudes. Não houve ali nenhuma frase de amor, dizendo “EU TE AMOR”, mas suas ultimas palavras ditas na cruz, contam-se sete frases, nenhum “eu te amor”, mas pode-se ouvir dos seus lábios: “Pai perdoa-os porque não sabem o que fazem”
Não ouve beijos, se não o da traição; ninguém, também declarou que o amava para receber seu amor em troca; não lhe deram flores, mas coroa de espinhos, seu corpo foi dilacerado pelos açoites, foram ditas palavras de blasfêmias a ele. Até seus amigos mais próximos o abandonaram. Ele porem, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.(Jo.13:1)
II – Palco das maiores encenações de vitória
A vitória de Cristo sobre satanás.
“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça ,e você lhe ferirá o calcanhar”.(Gn. 3:15)
Este verso pode ser entendido da seguinte maneira:
* “Entre ti”, refere-se a satanás;
* “Tua descendência”, refere-se a satanás e seus demônios;
* “Seu descendente”, refere-se a semente da mulher que é Cristo;
* “Este te ferirá a cabeça”, vitória de Cristo sobre satanás;
* “Tu lhe ferirás o calcanhar”, natureza temporária da morte de Cristo.
“E vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl.4:4) e João ainda escreveu: “para desfazer as obras do diabo” (I Jo.3:8)
Jesus derrotou satanás na cruz e confirmou na sua ressurreição. Mas é preciso ressaltar que sua derrota será consumada na vinda de Jesus.
Paulo ilustra bem isto em Cl. 2:15 “E despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” na NVI: e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz.
Paulo tinha em mente as guerras da época. A maneira como os reis traziam os seus inimigos derrotados e os expunham publicamente.
Jesus quando ressuscitou, apareceu aos discípulos dizendo: “É me dado todo poder no céu e na terra”... Disse, também a João na revelação do Apocalipse: Eu sou o primeiro e o ultimo, aquele que vive, estive morto, mas eis que estou vivo, pelos séculos, dos séculos, e tenho as chaves da morte e dom inferno. (Ap.1:18)
III – Palco das maiores encenações com um final feliz
A redenção do homem (Ef.1:6)
“No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”
Jesus disse em João 8:24, que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado”.
O pecado trouxe um fim miserável e infeliz para a humanidade. (Rm.6:23)
“Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.” (Jo.3:18).
Jeremias nos diz: Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.
Jesus foi o único capaz de mudar a história da humanidade e garantir um final feliz. Sua morte, trouxe a garantia da redenção.
Paulo diz: “Tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e constava de ordenanças o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente cravando-o na cruz” (Col.2:14)
Muitos estavam olhando o momento em que Jesus foi crucificado. Talvez, para muitos, aquele seria o fim, de uma esperança que Jesus fosse o Messias. Mas, quem poderia imaginar um fim tão triste? Os judeus esperavam um Cristo que lutaria pelo seu país e sentaria no trono de Davi, não numa cruz. Mas, este era o final que eles esperavam, não o que Deus havia determinado.
Mas, Jesus ao terceiro dia ressuscitou e hoje ele garante vida eterna para todo que nele crer.
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão”.(Jo.10:27,28);
“Todo que o Pai me dá virá a mim e o que vem a mim, jamais o lançarei fora” Jo. 6:37
Paulo assegura isto em Romanos 8:
28 Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam,g dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.
29 Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos.
30 E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.
31 Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?
33 Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”h.
37 Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
38 Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demôniosi, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes,
39 nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Conclusão:
“Se Jesus sendo Deus morreu por mim, não há sacrifício grande demais que não possa fazer por ele”
Não podemos separar os privilégios da cruz de Cristo da responsabilidade que ela nos trás.
Como disse Paulo: “Um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co. 5:14,15)
A Cruz de Cristo foi palco das maiores encenações da história. Porque nela foi realizada a maior encenação de amor – do amor do Deus Santo pelo homem pecador; a maior encenação de vitória – o triunfo de Cristo sobre o Diabo, ele derrotado e nós vencedores; é por isso que a Cruz de Cristo, também, foi palco da maior encenação de final feliz, por meio dela passamos da morte para vida.