O DESAFIO DE SER UMA IGREJA QUE AGRADA A DEUS




At. 2.42-47
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”.
Este, sem dúvida, é um grande desafio para a igreja: viver para agradar a Deus. Não agradar aos visitantes que vem assistir ao culto, ou determinado grupo de membros, mas agradar a Deus.
Os estudiosos da igreja classificam a igreja, na questão de agradar a Deus, em pelo menos três tipos: Igreja pura; igreja menos pura e igreja impura.
Para Deus só existe uma igreja, aquela que ele comprou com seu precioso sangue e só Deus conhece sua igreja. Só ele é onisciente e tem a capacidade de dizer: “este faz parte da minha igreja” ou “aquele, diz que faz parte da igreja, mas ele não é ovelha, não é trigo, não é ramo da videira, não tem o selo do Espírito Santo”. Só Deus pode dizer isto!
Ele disse aos apóstolos: “Eu edificarei a minha igreja”. Paulo disse que Jesus, “amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. (Ef.5.27)
Em nenhum momento da história da igreja, ela deixou de existir. Jesus nunca deixou de edificar a sua igreja e de aperfeiçoá-la. Mesmo nos momentos mais sóbrios da história do cristianismo, Jesus falhou em edificar o seu edifício; o Supremo Pastor, não deixou abandonado o seu rebanho; o agricultor jamais deixou de arrancar os ramos secos e infrutíferos, mas podou os ramos que estavam ligados a ele, para que dessem mais fruto ainda; o noivo nunca perdeu o amor pela noiva...
Mas, primeiro creio que devemos entender o que é a igreja. No grego clássico, a palavra grega usada no Novo Testamento para designar igreja (ekklesia) refere-se simplesmente a uma assembleia dos cidadãos de uma localidade (sem ter conotação religiosa). No hebraico o equivalente (qahal), se refere ao ato de se reunirem e foi traduzido na Septuaginta como ekklesia. A palavra ekklesia é formada por dois termos, ek (para fora) e kaleo, (chamar, convocar).
No Novo Testamento a palavra tem dois sentidos: Por um lado se refere a todos os crentes em Cristo em todas as épocas e lugares (Universal); (Mt. 16.18; Ef. 5.23); E serve, também para designar um grupo de crentes em cada localidade geográfica (local). (1 Co. 1.2; 1 Ts. 1.1).
Portanto, a igreja que Cristo vê, embora seja representada através da igreja local, visível, é na verdade a igreja invisível, o corpo místico de Cristo. O que nós vemos muitas vezes é a organização, o que Deus é o organismo. O que nós vemos são os membros cadastrados em um rol com os nomes dos crentes de uma igreja local; Deus vê os salvos, os regenerados, cujos nomes estão escritos no livro da vida.
Quando temos a certeza de que agradamos a Deus? Como Jesus edifica e cuida da sua igreja mantendo-a pura e agradável a Deus?
Algumas marcas podem ser percebidas na vida de uma igreja que agrada a Deus:
I. Uma igreja que agrada a Deus vive na Palavra de Deus
Para que uma igreja seja genuína, tanto na sua formação como no seu desenvolvimento ela precisa ter a marca de uma igreja estabelecida sob a Palavra de Deus.
Deus sempre formou seu povo por meio de sua Palavra. “Desde a criação em Genesis 1”, como diz Mark Dever, “à chamada de Abraão, em Gn.12; desde a visão do Vale de Ossos secos em Ez. 37, à vinda da Palavra Viva, Jesus Cristo – Deus sempre formou seu povo por meio de sua Palavra. Conforme Paulo disse aos romanos: “a fé vem pelo ouvir e o ouvir a Palavra de Deus”. Nosso nascimento espiritual, ocorre por meio da Palavra (I Pedro 1.23): “Pois fostes regenerados, não de sementes corruptível, mas de incorruptível, mediante a Palavra de Deus, a qual vive e é permanente”. O crente regenerado recebe e acolhe a Palavra como uma semente em uma terra arada, preparada para receber a semente (Mt. 13.Tg.1.21); mas, também ele pratica a Palavra (Mt. 7.Tg.1.23) “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda”. E “Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vos mesmos”.
Uma igreja que não tem sua base bem firmada na Palavra de Deus será sempre uma igreja sem vida, carregada de misticismo e sem segurança espiritual. Por isso Paulo disse: “Habite ricamente em vós a Palavra de Cristo”... (Cl.3.15a)
Infelizmente, hoje em dia, a Palavra está sendo deixada de lado em muitas igrejas. Muitos crentes preferem viver apenas de experiências emocionais, do que do ensino consistente e edificante da Palavra de Deus. Os louvores, teatros e danças são muitas vezes mais apreciados do que o momento da pregação. Muitos até dizem: “eu gosto do culto só do louvor, não gosto da pregação”. Acham que ouvir meia hora a quarenta minutos de pregação é algo muito cansativo.
Não é de admirar que os que pensam e agem desta forma sempre são os mais vulneráveis ao pecado, os menos firmes, os que não trabalham para o Senhor, na verdade são os que dão trabalho.
Quando falamos da Palavra devemos atentar para uma questão importante que precisa ser resgatada nos púlpitos e nos bancos das igrejas: a valorização da pregação expositiva.
“A pregação expositiva correta é sempre um manancial de verdadeiro crescimento numa igreja. Martinho Lutero descobriu que atentar diligentemente na Palavra de Deus levaria uma igreja a uma reforma... muitos dos protestantes dos séculos passados acreditavam que a parte mais importante do culto era ouvir a Palavra de Deus... e corresponder a ela em nosso viver. Ter ou não ter tempo para cantar era algo de pouco interesse para eles”
II. Uma igreja que agrada a Deus pratica orações que agradam a Deus
A grandeza de uma igreja é medida não pelo sucesso diante dos homens, não pela beleza de seu prédio ou pela pujança de seu orçamento, mas pelo seu poder espiritual através da oração. “Se uma igreja não ora ela está morta”.
“Se desejarmos ver a manifestação do poder de Deus, se desejamos ver vidas sendo transformadas, se desejamos ver um saudável crescimento da igreja, então devemos orar de forma sincera e poderosa, com regularidade e em secreto”. Como dizia uma frase de um missiólogo: “Quando o homem trabalha, o homem trabalha, quando o homem ora Deus trabalha”.
E. M. Bounds corretamente comenta:
“O que a igreja precisa hoje não é de mais ou melhores mecanismos, nem de nova organização nem de mais e novos métodos. A igreja precisa de homens que o Espírito Santo possa usar, homens de oração, homens poderosos em oração. O Espírito Santo não flui através de métodos, mas através de homens. Ele não vem sobre mecanismos, mas sobre homens. Ele não unge planos, mas homens. Homens de oração!
Quando a igreja cessa de orar, deixa de crescer. Por isso precisamos resgatar o hábito da oração.
O termômetro espiritual da igreja é o culto de oração. Quando a igreja é assídua nas reuniões de oração ela demonstra ser uma igreja saudável.
A pregação da Palavra de Deus e a oração são os principais elementos de uma igreja saudável. “A oração e o ministério da Palavra permanecerão de pé ou cairão juntos”. Os apóstolos decidiram: “quanto a nós, consagrar-nos-emos à oração e ao ministério da Palavra”.(At.6.4)
Se uma igreja só busca o conhecimento da Palavra ela corre o risco de ter pessoas intelectualmente capacitadas, mas vazias da unção do Espirito Santo; por outro lado, aqueles que só preferem a oração e não buscam o conhecimento das Escrituras caem no misticismo, ou mesmo no fanatismo.
Alguém já comparou a oração e o conhecimento da Palavra com os dois remos de uma canoa. Se não houver os dois na mesma medida, a canoa só roda em círculos e não chega a lugar algum.
III. Uma igreja que agrada a Deus vive uma comunhão que agrada a Deus
Comunhão não é sinônimo de programação social da igreja nem de entretenimento coletivo. Comunhão é viver a verdadeira unidade do corpo de Cristo. É amar não apenas de palavras, mas de fato e de verdade.
“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”... “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade. Nisto conheceremos que somos da verdade, e diante dele tranqüilizaremos o nosso coração”. (I João 4.7; 3.18, 19).
Quando lemos as Escrituras percebemos que a comunhão é uma marca distintiva da igreja que a faz diferente do mundo. Jesus resumiu toda lei em apenas duas sentenças: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças. E o segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que esses”.(Mc. 12.30,31)
O amor é o verdadeiro cartão de identidade do cristão. E onde há amor existe comunhão.
Mas, a marca que vemos hoje em dia não é a comunhão e sim a desunião. Está faltando amor.
Uma igreja que não ama de verdade nunca viverá ou terá “o tudo em comum”, como era visto na igreja primitiva. Paulo nos alerta para vivermos de acordo com nossa vocação como igreja
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação”. (Ef. 4.1-4)
Falamos muito em comunhão, cantamos hinos para nos abraçarmos e falarmos: “eu te amo em Cristo Jesus”, mas amar é muito mais. Comunhão é mais do que isso.
No texto de Efésios 4: 1-4, Paulo apresenta algumas atitudes que são essenciais à comunhão:
A primeira é a humildade. “Cada um considere os outros superiores a si mesmo” somos desafiados para termos a mesma humildade de Jesus. O amor não se ensoberbece.
A segunda é mansidão. Outro fruto do Espírito. Um dos atributos de Jesus: manso e humilde. “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera”...
A terceira é longanimidade, paciência. A mesma que Deus tem com os pecadores. Devemos ser pacientes com nossos irmãos, nossos inimigos. “O amor é paciente”.
A quarta é suportar uns aos outros em amor. O amor tudo suporta. “Perdoando-vos uns aos outros em amor”
Na oração sacerdotal Jesus orou pedindo por todos os seus discípulos assim: “Para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”. (João 17.21)

IV. Uma igreja que agrada a Deus tem uma vida santa que agrada a Deus
“Em cada alma havia temor”. Não há duvida de que uma igreja santa agrada a Deus. “Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor”.
Não devemos pensar em igrejas perfeitas uma vez que nelas existem pessoas pecadoras que ainda estão se santificando. Mas, a igreja que é a noiva de Cristo deve ter esta marca. Deve ser pura. Podemos ver Deus determinar seu relacionamento com a humanidade através da santidade começando pelo Éden. Adão e Eva foram criados perfeitos mas, logo foram expulsos da presença de Deus porque pecaram. Destruiu a terra com o dilúvio por causa da maldade do coração da raça humana. Deus chamou Abraão do meio de uma geração pagã para formar dos seus descendentes uma grande nação e que seria chama de nação santa. A ordem de Deus a Moisés foi tira as sandálias dos teus pés, pois o lugar que estás é terra santa. Deus deu sua lei por meio de Moisés, que é uma lei santa, para que o povo se santificasse por ela. “Sede Santos, porque eu o Senhor teu Deus sou santo”. SANTIFICAI-VOS, ouvimos Deus bradar!
Não é diferente na vida da igreja. Jesus se santificou por sua igreja enquanto viveu aqui na terra e ele orou para que fossemos santificados por sua Palavra: “Santifica-os na verdade, a tua Palavra é a verdade. A santidade era uma marca da igreja primitiva. Pedro usando as mesmas palavras ditas ao povo de Israel, ele agora aplica a igreja o novo Israel de Deus: “Mas, vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, povo de propriedade escolhida por Deus, afim de anunciardes as grandezas daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (I Pe. 2.9)
Hoje, falar de santidade é memorar o passado. Parece que não nos preocupamos mais tanto com o “sede santos em toda vossa maneira de viver”.
Ser santo é sinônimo de cafonice. A santidade não é uma marca almejada por muitos, porque ser santo é ser separado com exclusividade para Deus.
Creio que a falta de santidade recorrente dos dias de hoje, se dá em primeiro lugar pela falta de conversão. Onde não houve um novo nascimento não haverá uma vida desejosa por santificação.
Os convertidos darão evidencia de mudança. “Despojai-vos do velho homem e revesti-vos do novo”
“Se alguém está em Cristo, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo” (II Co.5.17).
Em segundo lugar a igreja deixa de ser santa quando ela não exerce a disciplina bíblica. “A disciplina ajuda a igreja a refletir com fidelidade o glorioso caráter de Deus. Ajuda-a a ser santa. É uma tentativa de polir o espelho e remover qualquer mancha. Porque devemos praticar a disciplina? Para que o caráter santo e amoroso de Deus apareça com mais clareza e resplandeça com mais intensidade”.
Santificação é uma marca de uma igreja que agrada a Deus.
V. A igreja que agrada a Deus tem uma adoração agradável a Deus
“louvando a Deus”.
Adorar a Deus é a principal razão da nossa existência. O catecismo maior de Westminster inicia com a seguinte pergunta: Qual é o fim supremo e principal do homem? “O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus (Rm. 11.36; I Co 10. 31) e gozá-lo para sempre”( Sl 73. 24- 26; Jo 17. 22- 24).
Deus criou não apenas a igreja, mas todos os seres humanos para o louvor da sua gloria e devemos dar a ele a glória que lhe é devida.
Mas, quando a igreja está agradando a Deus com a adoração? Quando ela adora como Deus quer ser adorado. A adoração que agrada a Deus é algo que ele estabeleceu desde que fez o homem, mas o pecado tem deturpado este verdadeiro modo de adorar, e uma das formas de adoração que Deus rejeita e que ele abomina é a que transforma a adoração a Deus em adoração a ídolos.
A Bíblia demonstra que Deus rejeita a adoração que segue os princípios estabelecidos por ele mesmo, quando ele não aceitou a oferta de Caim. Não podemos oferecer qualquer oferta desejada ou inventada por nós mesmos, Deus quer o culto que ele estabeleceu em sua Palavra. Resumindo o que a Palavra nos apresenta sobre o culto espiritual, podemos dizer que Deus requer uma adoração exclusivamente sua. Deus não quer ser comparado com nenhum tipo de imagem, que possa deturpar ou diminuir a grandeza da sua glória. Sendo ele um Deus santo é preciso que seus adoradores não entrem em sua presença de qualquer maneira. A santidade que convém ao Deus que é Santo, Santo, Santo, é a mesma que convém a sua casa. Deus requer sempre o melhor dos seus adoradores. Ele não aceita o impuro, o aleijado, o dilacerado, a sobra, o que está sem utilidade, ele quer o mais precioso. Para Abraão ele pediu o seu próprio filho.
No Antigo Testamento toda estrutura e forma da adoração que agrada a Deus foi dada a Moisés. O mesmo ocorre com o Novo Testamento, Jesus e os seus apóstolos nos dão as diretrizes para uma adoração verdadeira e que agrada a Deus. Quem primeiro aprende sobre esta nova maneira de adorar é uma mulher samaritana. Uma adoração descentralizada de um lugar, porque a Nova Aliança fez de todos os povos um só povo. E Jesus disse àquela mulher que Deus busca seus adoradores, que o adorem em espírito e em verdade. Na cruz, no momento que estava sendo oferecido como oferta expiatória por nossos pecados, o véu do Templo se rasgou de alto a baixo. O escritor aos hebreus, se referindo a este episódio, disse: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça... pelo novo e vivo caminho”. Mais na frente Paulo nos dá outro ensino importante sobre adoração: “Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que o vosso culto racional”.O escritor aos Hebreus, ainda nos diz: “Por meio de Jesus Cristo, ofereçamos sempre a Deus, sacrifícios de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb.13.15)
Uma igreja que agrada a Deus, o agrada com sua adoração.
VI. Uma igreja que agrada a Deus produz crescimento para o seu reino
Uma igreja trancafiada entre quatros paredes, voltada para ela mesma, não é uma igreja que agrada a Deus. Deus não se agrada de crentes preguiçosos que não espalham a fragrância do seu bom perfume para o mundo que está apodrecido pelo pecado.
Fomos chamados para anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.
Quer agradar a Deus? Faça sua obra crescer aqui na terra. “Uma igreja que não evangeliza logo deixará de ser evangélica”.
Jesus viveu três anos aqui na terra preparando seus seguidores e sua ordem a eles no final do seu ministério foi: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” ... “Indo fazei discípulos de todas as nações batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”... “E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra”
Esta é sua ordem para sua igreja nos dias atuais. Para agradar a Deus não adianta querer transferir a responsabilidade.
A igreja primitiva caia na graça de todo o povo e a cada dia o Senhor acrescentava os que iam sendo salvos.
Quem salva é Jesus, mas quem tem o dever de pregar é a igreja. É cada um de nós.
CONCLUSÃO
Tem havido um grande crescimento evangélico em nosso país. Muitos templos ficam lotados de pessoas, não só em um dia domingo a noite, mas pelas manhãs, pela tarde e até pelas madrugadas. Há quem diga que estamos vivendo um avivamento espiritual. Mas, quando olhamos para o perfil evangélico que vem se formando ao longo dos anos no Brasil podemos perceber que, nem tudo que reluz é ouro. Não existe um crescimento saudável. Com o surgimento de novos movimentos e muitas práticas e crenças sem nenhum fundamento bíblico e com seguidores sem profundidade no conhecimento da Palavra de Deus, a igreja tem inchado ao invés de crescer.
Precisamos analisar à luz da Palavra de Deus se estamos agradando a Deus de verdade. Que tipo ou modelo de igreja nós somos? Comparando o modelo e a vida de muitas igrejas hoje, elas estão adequadas ao modelo bíblico? Parecemos com a igreja primitiva? Quando Deus olha para nós, hoje, ele vê uma igreja que está agradando a Ele?
Que o Senhor nos ajude a agradá-lo e sermos para ele ovelhas do seu rebanho, ramos da oliveira, membros do seu corpo, sua noiva amada. Maranata! Ora vem Senhor Jesus!