Texto: Mt. 16. 13-20
Introdução:
Gostaria de iniciar lendo um relato
sobre a perseguição aos cristãos na China:
‘Corria os
turbulentos anos da "Revolução Cultural" na China, implementada por
Mao-Tse Tung. Um grupo de cristãos se reunia clandestinamente para adorar
ao seu Senhor e compartilhar a sua fé. De repente, o culto foi interrompido por
soldados chineses. De modo truculento, eles retiram as Bíblias das mãos
dos crentes ali presentes, amontoando-as no chão.
Um dos soldados, então, ateou fogo naquele
punhado de Bíblias, enquanto os outros soldados fizeram um círculo ao redor da
fogueira para impedir que alguém chegasse aos livros.
Uma triste expressão havia no rosto daqueles
irmãos, que se recusavam a aceitar às pressões do governo para negar a própria
fé. O som do crepitar da fogueira se misturava aos gemidos incontidos de
alguns. Aquelas folhas, que continham palavras de vida eterna e perdão, agora
viravam cinzas diante dos olhos pesarosos dos irmãos.
Foi então que um jovem cristão, ali presente,
tomou uma ousada e arriscada decisão. Ele se esguiou-se por entre os
soldados e corajosamente enfiou a mão na fogueira para ver se conseguia salvar
algum exemplar do livro sagrado. Só conseguiu pegar uma única página. Os
soldados tentaram prendê-lo, mas ele conseguiu se desviar de todos e despareceu
na noite.
Dias depois, o jovem reapareceu com o troféu:
uma única página chamuscada das Escrituras Sagradas. A igreja se reuniu
novamente e só um texto poderia ser lid
No decorrer do século passado (Sec. XX)
centenas de missionários foram expulsos da China. Outras centenas de líderes
foram presos. Jiang Qing, esposa de Mao-Tse Tung, chegou a declarar: "O
Cristianismo na China foi colocado num museu. Não existem mais cristãos na
China".
Mas, apesar disto a igreja continuou firme. Na
metade do século passado estimava-se em 750 mil o número de cristãos na China.
Em 1983, eram cerca de 50 milhões e hoje se estima que na China exista
aproximadamente 130 milhões.
Ao lermos esta história, podemos perceber que
ninguém pode for fim a igreja. Ninguém pode destruir, nem vencer este exército,
chamado de “Igreja do Deus Vivo”.
É pensando dessa forma que quero refletir sobre
o seguinte tema: A igreja o exército
invencível de Deus!
Elucidação
•
O
texto que lemos foi escrito pelo Evangelista Mateus, um judeu, também chamado
Levi (Mc2:14), que antes de ser chamado para seguir a Jesus e posteriormente
ser um dos doze, foi um coletor de impostos (publicano), trabalhava para o
governo romano (Mt.9:9).
•
O
Evangelho de Mateus foi escrito entre os anos 60-70 a. C. Isto é, antes de
Jerusalém ter sido invadida e os judeus expulsos pelo general Tito.
•
O
ministério do apóstolo Mateus, após a ressurreição de Jesus e o Dia de
Pentecoste foi voltado, durante muitos anos, para pregar o evangelho aos judeus
que viviam na região da Palestina, por isso, o seu Evangelho foi escrito
inicialmente para os judeus.
•
O
propósito deste Evangelho é apresentar o homem chamado Jesus de Nazaré, como o
Messias prometido. Mateus visava responder as indagações dos judeus sobre quem
é Jesus? Nesse Evangelho Jesus é apresentado como o “Rei dos Judeus”, o Messias,
ou o Cristo, e a palavra chave para a compreensão do livro é “reino dos céus”.
Os judeus esperavam pela vinda do Messias, que seria Rei em Israel. Mas, na
mentalidade escatológica predominante na época o Messias seria um rei político,
que enfrentaria o domínio de Roma, venceria os soldados romanos e se assentaria
no trono de Davi para reinar sobre os judeus. Por isso, que há questionamentos
a cerca da pessoa de Jesus. Quem é este que cura os enfermos? Quem é este que
expulsa os demônios e os mesmos se submetem a sua autoridade? Quem é este que
até o mar e o vento lhes obedecem? Por ventura é ele o Cristo?
A cada novo milagre sua fama ia se espalhando e
ao mesmo tempo a fúria dos fariseus também ia aumentando. Por um lado as
pessoas queriam aclamá-lo rei, e por outro os fariseus procuravam mata-lo.
Diante deste cenário que não correspondia com a missão de Jesus, ainda não
tinha chegado o momento de ser crucificado e também não veio para estabelecer
um reino deste mundo, mas o reino dos céus no coração das pessoas, ele decide
se retirar para fora do território dos judeus. Ele vai para Cesária de Felipe,
território de gentios, onde os fariseus não se atreveriam a ir procura-lo.
Mateus é o evangelista que mais fala sobre os gentios.
Nesse momento Jesus questiona os discípulos com
duas perguntas, segundo o texto que acabamos de ler (Ler o texto): Que dizem o
povo ser o Filho do Homem? Mas, vós quem dizeis que eu sou?
Observe que pela primeira vez a palavra
“Igreja”, eklésia, aparece no NT,
quando Jesus disse a Pedro: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Jesus
veio formar uma nova sociedade, chamada igreja. Esta palavra embora nova nos
ensinos de Jesus não era desconhecida pelos judeus, pois segundo a Septuaginta,
a tradução do Antigo Testamento para língua grega, esta mesma palavra era
aplicada a Israel. Mas, observe ainda que ele diz no verso 19: “Dar-te-ei as
chaves do reino dos céus”. Não sei qual
a atitude dos apóstolos diante disto, mas o fato é que, mesmo sendo algo
confuso para um judeu poder compreender, a notícia era boa. Jesus não estava
afirmando que ia reinar literalmente em Israel como os judeus esperavam,
inclusive os apóstolos, mas, ele falou algo como chamar as pessoas, reunir
estas pessoas, edificar sobre ele, e dar chaves, significando autoridade, poder
de decidir quem entra ou quem sai deste Reino.
A coisa estava indo bem, até que Jesus faz uma
declaração que deixou os apóstolos atordoados: “Desde este tempo começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que
lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos,
dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro
dia. E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem
compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-se,
disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque
não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens”
(Mt.16:21-23).
Apesar dos ensinos de Jesus, por três anos
consecutivos muitas verdades sobre a Pessoa de Jesus, sobre seu Reino ou sobre
sua Igreja, só foram desvendadas depois da ressurreição de Jesus e do dia de
Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre suas vidas.
No entanto, hoje podemos olhar para estes fatos
e ver se cumprir o que Cristo disse sobre a sua Igreja: As portas do inferno
não prevalecerão, contra ela. A igreja é indestrutível; a Igreja é invencível!
O.I.: Quais as razões para afirmarmos
isto?
1.
A igreja é fruto de uma soberana e eterna escolha divina (17):
“Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi
carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus”.
Esta é a principal, dentre muitas razões, porque a Igreja é
invencível: não foi o homem que inventou a Igreja, foi Deus. A igreja não é uma
mera instituição projetada pelo homem, ela foi planejada por Deus, e isto a
contar desde os tempos eternos.
Jesus está dizendo para Pedro que “não foi carne e sangue,
que revelou a ele”, ou seja, “a mera percepção humana, intuição ou tradição
meramente humana jamais produziria no coração e na mente desse discípulo a
visão dessa sublime verdade que ele acabara de professar de forma tão
gloriosa”. Não se trata aqui de uma declaração acadêmica sobre a identidade de
Cristo, mas uma genuína confissão de fé pessoal de Pedro, que confessou que
Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo.
A razão por que não depende da capacidade humana é por causa
do pecado. O homem está morto em delitos e pecados, e por si só não tem
condições alguma de dar um passo em direção a Cristo, a menos que em sua mente
tenha resplandecido a luz do Evangelho de Cristo, pois como diz Paulo: “Assim, pois, isto não depende do que quer,
nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Romanos 9:16)
O apóstolo Paulo, em Efésios 1. 3-5 diz: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões
celestes em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou
para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade...”.
O próprio Senhor afirmou: “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade
da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. (João 1:13)
“Não fostes vós que escolhestes a mim, pelo contrário, eu vos escolhi a
vós outros” (Jo.15:16) Ele disse ainda: “Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia” (João 6:44). “Todo o que o Pai me dá virá a
mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37).
A questão não é se estamos na igreja, ou se escolhemos a igreja certa. É
se estamos em Cristo. “Não existe uma
Eclesiologia desligada da Cristologia...”
Quando falamos em igreja, não estamos falando das
denominações, das igrejas locais ou das instituições que se dizem igrejas. Há
muitas por ai se autodenominando de “igreja”, mas são sinagogas de
Satanás.
Já que falamos tanto em Igreja, mesmo sendo um termo
conhecido, mas é bom darmos uma definição de igreja:
“Podemos definir a Igreja como sendo a
comunidade de pecadores regenerados, que pelo dom da fé, concedido pelo
Espírito Santo, foram justificados, respondendo positivamente ao chamado
divino, o qual fora decretado na eternidade e efetuado no tempo, e agora vivem
em santificação, proclamando, quer com sua vida, quer com suas palavras, o
Evangelho da Graça de Deus, até que Cristo venha”.
2. A igreja está firmada em Cristo (18a)
A igreja não apenas é formada por meio de uma escolha
divina, como também tem como fundamento e edificador o Senhor Jesus Cristo.
Jesus disse a Pedro: “A ti te digo, que tu és Pedro, e sobre
esta rocha, edificarei a minha igreja” (18).
Fica então uma pergunta: Quem é a pedra, sobre a qual a
igreja está edificada?
“A Igreja Católica ensina que nosso Senhor conferiu a São
Pedro o lugar de honra e jurisdição no governo de toda sua igreja, e que a
mesma autoridade sempre residiu nos papas, ou bispos de Roma, como sendo os
sucessores de São Pedro”. De onde surgiu esta interpretação? Isto está baseado em
alguns fatos: primeiro que Jesus diz a Pedro: “tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja”; segundo, Jesus faz um trocadinho com o nome Pedro e
pedra, petros e petra, ou kepha, (Cefas) no aramaico, significam “pedra”;
Pedro tinha uma liderança sobre os demais apóstolos, vista nas atitudes depois
do dia de Pentecostes; por último de acordo com a tradição, Pedro se tornou o
Bispo de Roma e ali teria morrido. O grande problema nessa interpretação é que
não tem respaldo no restante das Escrituras, nem na história da Igreja, sobre
essa escolha de Jesus para que Pedro fosse o líder maior, ou o Papa, dando
início a uma sucessão apostólica.
Os grandes intérpretes da Bíblia alertam para o perigo da
exegese com base no estudo da palavra isolada (etimologia), principalmente
quando esta palavra tiver muitos sinônimos.
A melhor maneira de interpretar este texto corretamente é
fazendo uma analogia das Escrituras, onde a Escritura interpreta a própria
Escritura, nos ajudando a interpretar textos obscuros, à luz de outros textos
mais claros.
Portanto, vejamos o que a Bíblia diz quanto ao fundamento da
Igreja:
·
Em 1 Co. 3:11, Paulo diz: “Porque
ninguém pode por outro fundamento além do que já está posto, o qual é Cristo”;
(Quando um grupo dizia: Eu sou Pedro...);
·
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos
e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Ef.2:19).
·
Em Colossenses Paulo diz: “Como, pois
recebestes o Senhor Jesus, assim, também andai nEle, arraigados e edificados
nEle e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de
graças”. (Cl.2.6,7).
Mas, é o próprio Pedro que reforça a tese de Cristo, como a
Pedra sobre a qual a igreja está edificada:
·
“Ele é a pedra que foi
rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E
em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há,
dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:11-12)
·
"Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos
homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que
vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de
oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo. Pois está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita
e preciosa; e quem nela crer não será de modo algum envergonhado. Para vós
outros, portanto, que crerdes, é preciosidade; mas para os descrentes, a pedra
que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra principal,
angular." (I Pe.2.4-7)
Portanto Cristo é Pedra. A Igreja não é de Pedro. A Igreja é
de Cristo. Cristo disse: “Edificarei a minha Igreja”. “Ele é a cabeça do corpo,
a igreja” (Cl.1:18), a igreja não é propriedade homem, nem da denominação, não
é de apostolo, de bispo, pastor, presbítero ou fundador. A igreja é de Cristo.
“Minha igreja”, disse Ele; igreja que “comprou com o seu próprio sangue” (At.
20.28).
Uma igreja local, do
ponto de vista visível, pode até se extinguir. A igreja pode passar por
momentos sombrios, de densas trevas, como na Idade Média, mas a Igreja de
Jesus, a que é invisível ao olho humano, ela sobrevive vitoriosa.
3. A igreja está protegida por Cristo
(18b)
“… e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18).
William Hendriksen comenta este texto da seguinte maneira: “Portas do
inferno, por metonímia, representa Satanás e suas legiões a irromperem-se pelas
portas do inferno, a fim de assaltar e destruir a igreja”.
Desde o seu início a História da Igreja enfrenta essa fúria infernal de
Satanás contra o povo de Deus. Satanás tem se valido de pelo menos, três meios
para atacar a Igreja de Jesus:
Primeiro, ele tem usado a força da
perseguição física aos cristãos. A igreja nasceu debaixo
de fortes perseguições e até vem enfrentando os ataques dos seus opositores
humanos e espirituais. Mas, quanto mais a igreja é perseguida, mas ela cresce,
e com qualidade. “Talvez o cristianismo
não se expandisse de maneira tão bem-sucedida, caso o Império Romano não
tivesse existido. Podemos dizer que o império era um tambor de gasolina à
espera da faísca da fé cristã”.
Tertuliano, escritor cristão do século II, disse: "O sangue dos mártires é a semente da igreja".
Ilustração: Pedido de oração pela perseguição na China.
Em segundo lugar, ele tem combatido contra o povo de Deus com heresias
devastadoras contra os alicerces da fé; A igreja não deve temer a perseguição;
ela temer a apostasia. Hoje, não existe perseguição aos cristãos no Brasil,
porém a grande ameaça para Igreja brasileira são os falsos ensinos. Estamos
vivendo uma era de apostasia sem precedentes na história da Igreja. O
misticismo pagão tem adentrado pela porta não só de igrejas neopentecostais, ou
pentecostais, mas em muitas igrejas chamadas históricas. Pastores entrando em
charcos de lama, em rios poluídos, fazendo da fé um comércio, do púlpito um
balcão de negócios, do evangelho um produto e das pessoas os clientes, ou
consumidores.
Terceiro, ele tem atacado na área moral com pecados sexuais, com corrupção
material e com soberba no coração. Escândalos e mais escândalos acontecendo!
Mas, a promessa do Senhor é que a Igreja é vitoriosa. “A igreja não
caminha vitoriosamente à parte da assistência e proteção de Cristo. Ele disse:
Os inimigos da igreja são muitos e perigosos, mas Jesus é o nosso escudo e
protetor. Ele é o general desse glorioso exército que caminha triunfantemente
rumo à glória”.
4. A igreja é embaixadora de Cristo na
terra (19)
Segundo a interpretação feita por Champlin, ele diz: “As chaves simbolizam
o poder e a autoridade; Cristo tem um Reino, o reino dos céus, e a chave para
abrir a porta do Reino é a proclamação do Evangelho, a proclamação de que Jesus
é o Cristo, o Filho do Deus vivo... aquele que tem a chave do reino dos céus,
determina quem deve ser admitido e a quem se deve recusar admissão”.
O catecismo de Heidelberg, Dia do Senhor 31, P.83.: O que são as chaves do reino do céu?
“A pregação do santo evangelho e a disciplina eclesiástica. É por esses
dois meios que o reino do céu se abre para os que crêem, e se fecha para os
incrédulos.
P.84. Como se abre e se fecha o reino do céu pela pregação do evangelho?
R. De acordo com o mandamento de Cristo, o reino do céu se abre quando se
proclama e se testifica de público a todo o crente — individual ou
coletivamente — que Deus perdoou de fato a todos os seus pecados por causa dos
méritos de Cristo, sempre que aceitam a promessa do evangelho com fé
verdadeira. O reino do céu se fecha quando se proclama e se testifica a todo os
incrédulos e hipócritas que, enquanto não se arrependerem, a ira de Deus e a
condenação eterna repousam sobre eles. Segundo esse testemunho do evangelho,
Deus os julgará tanto nessa quanto na vida porvir”.
Pedro teve o privilégio de abrir a porta do reino de Deus quando pregou no
Dia de Pentecostes (At.2), quando pregou para os samaritanos (At.3) e para os
gentios (At.10). Mas esse privilégio não é só de Pedro, ele foi “o primeiro
entre os iguais”. Jesus escolheu a igreja como agência dele na terra e
comissionou a todos para proclamar o evangelho de Cristo em todo mundo: “E,
chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na
terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém”. (Mt.28:18-20); “Eu vos escolhi e vos designei
para que vades e deis frutos”; “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio
real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
Conclusão
A era apostólica passou; os pais da igreja
também passaram; os reformadores, os puritanos os avivamentos todos passaram.
As denominações passam ou mudam com o tempo. Os irmãos que fundaram esta
igreja, já passaram ou hão de passar. Mas, a promessa de Cristo continua de pé.
Ele não permitirá que a igreja seja destruída, mas ela continuará avançando
pelo território do inimigo.
1.
A igreja é fruto de uma
soberana e eterna escolha divina (17); 2. A igreja está firmada em Cristo (18a)
3. A igreja está protegida por Cristo (18b) 4. A igreja é embaixadora de Cristo
na terra (19)
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